DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA
DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA
O tempo Pascal nos trás uma imensa alegria, pois vivemos a Ressurreição de nosso Mestre e Senhor Jesus Cristo. Ele, depois de sua ressurreição, continuou a ensinar seus Apóstolos e nos deixou ensinamentos perenes, que edificaram a Igreja nestes milênios. Um destes ensinamentos é quando Ele visita seus discípulos que estavam reunidos logo após sua morte e adentra a sala, mesmo estando elas com as portas trancadas. Sopra sobre eles o Espírito Santo e deixa a nós a essência de seu coração: a Misericórdia. Diz a eles claramente: “a paz esteja convosco. Como o Pai me enviou também vos envio”. E depois de soprar sobre eles o Espírito Santo diz: “recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhe serão retidos” (Jo 20, 21-23)
Isto aconteceu uma semana depois de Sua Ressurreição. Pois bem, estava Instituído o Sacramento da Penitência, que é o Sacramento do Perdão, que é o Sacramento da Misericórdia. Vejam que a Igreja entendeu perfeitamente a ordem e passou então a ministrar o perdão para aqueles que assim desejam e confessam seus pecados.
Entretanto Jesus quis mais. Ele desejou que este domingo, após a Ressurreição, se tornasse o Domingo da Divina Misericórdia. Manifestou este desejo faz até pouco tempo, para uma jovem Freira Polaca, que viveu o mesmo que o Mestre: apenas 33 anos. Ela morreu em 1938 com fama de Santidade e foi elevada aos altares no ano 2000 pelo Papa João Paulo II, que instituiu neste mesmo ano a Festa da Divina Misericórdia.
Estamos falando de Santa Faustina, que é considerada a “Apóstola” ou “Secretaria da Divina Misericórdia” e teve do próprio Jesus a revelação de que desejava que fosse instituída esta Festa e mais ainda, qual pintura deveria retratar seu coração misericordioso. Logicamente aqui é um texto resumido, mas com certeza vale a pena conhecer um pouco mais desta grande Santa de nossos tempos atuais.
É sempre bom termos um pouco do conhecimento da história desta Festa, mas o mais importante é que queremos que todos reflitam sobre o que é misericórdia.
A expressão misericórdia tem origem latina, é formada pela junção de miserere (ter compaixão), e cordis (coração). "Ter compaixão do coração", significa ter capacidade de sentir aquilo que a outra pessoa sente, aproximar seus sentimentos dos sentimentos de alguém, ser solidário com as pessoas.
Imaginem que é exatamente isto que deseja nosso Deus e Salvador: sentindo as nossas misérias, nos perdoa de coração.
A Festa da Divina Misericórdia tem neste ano uma relevância ainda maior, pois estamos bem no centro do ano Jubilar da Misericórdia, que nos agracia com as Indulgencias Plenárias, através do Sacramento da Confissão, da Eucaristia e da Oração nas intenções do Santo Padre o Papa Francisco, adentrando logicamente uma das Portas Santas da Misericórdia.
Portanto, o Senhor, que sempre tem a iniciativa de nos perdoar, deseja mais do nunca derramar sua misericórdia sobre toda a humanidade.
Aproveite e se aproprie deste desejo ardente do Coração de Jesus, mas lembre-se do que Ele mesmo nos ensinou: a medida que somos perdoados, devemos perdoar. Lembram-se do que pedimos e rezamos a todo momento: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Por isso cuidado: É o tempo do perdão, mas não apenas pedir, mas sobretudo dar o perdão!
Reflitamos então:
- Até que ponto tenho exercitado o pedir e dar perdão?
- Ainda tenho rancores, ressentimentos em meu coração? Será que não está na hora da cura?
- Será que esta cura não está relacionado a experimentarmos a misericórdia, mas no pedir, mas sim no dar?
- Estou neste ano dedicando um tempo a mais para além de mim, oferecer as indulgências, para as almas necessitadas?
Que tenhamos todos um excelente domingo, mergulhados no coração misericordioso de nosso Senhor e exclamando com toda a confiança: “Jesus, eu Confio em Vós”.
Romulo e Márcia Romanato / XIII Curso UF - Região São Paulo