11 de abril de 2016

12 de abril de 1894: Ela é minha Mãe; Ela é nossa Mãe!

12 de abril de 1894: Ela é minha Mãe; Ela é nossa Mãe!
12 de abril de 1894: Ela é minha Mãe; Ela é nossa Mãe!

No ano de 1894, Catarina Kentenich, mãe do Pe. José Kentenich chegava a um impasse: ä semelhança de muitas mães da atualidade, Catarina encontrava-se em uma situação economicamente muito difícil. Surge então um trabalho em casa de família. Mas onde deixar José?

 Pe. Savels, confessor de Catarina Kentenich, oferece uma vaga em um orfanato em Oberhausen, assegurando não só um lugar para o menino morar, mas também educação e formação escolar de qualidade.

Assim, no dia 12 de abril de 1894, Catarina Kentenich, leva o pequeno José até o orfanato. Antes de deixá-lo, vai com ele até a capela e em frente a uma imagem de Nossa Senhora lhe entrega o filho, consagrando-o a Maria.

Vamos meditar esse acontecimento e o que nos revela o silêncio que envolve seus três protagonistas.

Comecemos pela mãe, Catarina Kentenich. Quanta angústia e sofrimento não passava pelo seu coração. Toda santidade da vida de uma mãe é feita de simplicidade e silêncio: as mães calam e se preocupam; choram e oram; de dia trabalham e de noite velam seus filhos. Naquele momento crucial da vida de Catarina Kentenich, ela se volta para Maria.  A Maria ela confia seu único filho, para que a Mãe Admirável o assuma e o eduque em seu lugar. Catarina crê e entrega porque sabe que Maria encerra em si a dor, a luta e a esperança de todas as mães.

 Catarina Kentenich nos ensina que as vezes os acontecimentos da vida escapam de nossa compreensão, mas o mais importante não é o entender e sim saber entregar-se ä vontade de Deus-Pai.

Agora Maria. Vamos nos atrever a tentar ler o silêncio do coração da Mãe Três Vezes Admirável. Ao contemplar aquela dolorosa despedida de mãe e filho, não terá Nossa Senhora se recordado da sua própria despedida e entrega aos pés da cruz: “Mulher eis aí teu filho, filho eis aí tua Mãe” (Jo19, 25-28)?  O coração da mãe Maria se encheu de misericórdia por aquela mãe Catarina que entregava seu filho aos seus cuidados. Maria assume integralmente a partir daquele instante a maternidade do pequeno José.

Lembremos: A Mãe de Deus sempre assume a responsabilidade por tudo o que lhe entregamos.

Finalmente o pequeno José Kentenich de nove anos, que sofre com a separação da mãe e com o medo e a insegurança de viver sozinho em um orfanato. A mãe o entrega e o consagra a Nossa Senhora.  José assume profundamente a verdade absoluta: Ela é minha Mãe! Sela-se a primeira Aliança de Amor com a Mãe de Deus e lança-se a semente no coração do Pe. José Kentenich do que viria se tornar toda a obra de Schoenstatt. Pe. Kentenich continuou por toda vida sendo e vivendo interiormente a Aliança de Amor com Maria como um menino de nove anos.

Que ele nos ensine o seu segredo: viver a nossa Aliança de Amor, na filialidade de uma criança que simplesmente sabe: Ela é minha Mãe, Ela é nossa Mãe.

Rafael e Giciane Copello 

Região Sul / XVIII Curso da União

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