Aparecida, 300 anos.
“Se fossem escritas uma por uma
“Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever” (Jo 21,25). A frase com que o discípulo amado conclui seu testemunho sobre os feitos do Senhor parece descrever também um dos sentimentos que brotam ao nos achegarmos às graças de Aparecida.
Falar de Aparecida é falar de graças. Há 300 anos, a Mãe se revelava a pequeninos para, a partir deles, como na história da salvação, edificar um glorioso caminho de bênçãos a todo um povo. Quantos livros poderiam ser escritos para narrar as graças recebidas por tantos ao longo destes 300 anos?
Como marianos, temos a convicção que a Mãe deseja ainda trazer muitas graças a nosso povo, cuidar de seus filhos brasileiros e levá-los a seu filho Jesus. Nestes últimos tempos que antecederam a este ano jubilar, quantas transformações aconteceram no âmbito político de nosso país! O país vem, com força jamais vista, escancarando os porões das negociatas e da corrupção que tanto mal causam ao sofrido povo brasileiro. Muito se tem a enfrentar e transformar, mas é como se tivéssemos agora uma porta aberta para a construção de uma fase nova e melhor de nossa história.
Esta convicção que temos sobre Maria como canal de graças e transformação nos impele a mostrar a nossos irmãos brasileiros que precisamos nos achegar ainda mais a Nossa Senhora, para pedir pelo país, para que ela cuide de nossas feridas e nos ajude a crescermos na fé em Jesus.
A visão de nosso Pai e Fundador de que o Brasil se constitui um Tabor das Glórias de Maria encontra expressão também em Aparecida. Demonstram-nos a Basílica, “Casa da Mãe Aparecida”, em sua monumental majestosidade, os inúmeros testemunhos de milagres, a presença da imagem da pequenina Mãe negra em tantos lares.
Tal grandiosidade de Aparecida contrasta com dois fatos significativos de sua história: a descoberta da imagem, quando cabeça e corpo foram encontrados em separado pelos três humildes pescadores há 300 anos, e o mais recente atentado sofrido na década de 70, que causou a quebra da imagem em mais de 200 pedaços. Neste último, após cuidadoso restauro, verdadeira reconstrução, a imagem voltou a sua Casa, mantendo-se como sinal visível da presença da Mãe de Deus na vida de nosso povo.
A materialidade frágil da imagem nos induz então a uma reflexão sobre a Aliança de Amor que nos é cara: assim como a Mãe cuida de nós, a Aliança também demanda cuidados, atitudes de nossa parte. Em termos schoenstatteanos: “Nada sem Vós, nada sem nós”.
Como os três pescadores, lancemos nossas redes para termos a Mãe por inteiro em nossas vidas! Que possamos, neste 12 de outubro de 2017, celebrar externamente e em nossos corações e mentes a alegria de termos a Mãe de nosso Rei tão presente em nossa pátria nestes 300 anos. Que a Mãe de Deus, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, abençoe a nosso país e nossas crianças!
Outras reflexões pessoais sugeridas:
- Desejou Deus comunicar algo com a descoberta em separado do corpo e depois da cabeça da imagem de nossa Padroeira Nacional?
- Tenho pedido à Mãe pelo Brasil com frequência e incentivado a oração nesse sentido?
- Conheço a história de Nossa Senhora Aparecida e da Basílica Nacional de Aparecida?
Gustavo e Luciana Loyola
Região Paraná - XV Curso da União de Famílias