DIA DE FINADOS
DIA DE FINADOS: MISTÉRIO E ESPERANÇA
“Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus” (Mt, 5-7,8).
Neste dia 02 de novembro em que celebramos, na Igreja Católica, o Dia de Finados recordamos com saudade as pessoas queridas que amamos e que já não estão mais conosco no plano terreno. É o dia em que carinhosamente, e por vezes carregado de sentimentos melancólicos, dor e sofrimento, lembramo-nos daqueles que partiram para a Casa do Pai.
Porém, também é momento de reflexão sobre o sentido da vida e da nossa existência humana. É quando podemos relembrar Cristo Crucificado, aquele que morreu por nós, e assim viver a experiência do amor eterno, pois “o sentido cristão da morte é revelado à luz do mistério da morte e ressurreição de Cristo, em que repousa nossa única esperança” (CIC, 1998, p. 459).
Esse é o sentido que precisamos imprimir neste dia: a festa da esperança cristã, o mistério da vida eterna. Se amamos a Deus e por ele somos amados, entendemos que o amor é o fundamento de tudo. Se Deus é amor e o amor é eterno, na passagem para a vida eterna seremos amor. Segundo as palavras de Nosso Pai e Fundador Padre José Kentenich “o último e mais profundo em Deus é o seu amor. Humanamente falando, a causa última de todas as coisas é o seu amor”.
Por isso, devemos cultivar o bem, praticar a bondade, vivendo os valores cristãos que a Santa Igreja nos ensina e nossas famílias santas ajudam a disseminar. O amor que cultivamos aqui na terra será o amor que levaremos para a vida junto de Deus.
Lembremos das palavras do nosso Santo Papa Francisco sobre este dia, a partir de dois sentidos: o da tristeza e da esperança. Tristeza porque “o cemitério é triste, nos lembra os nossos entes queridos que morreram e nos recorda o futuro: a morte”. E a esperança que, mesmo “com dor, mais dor ou menos dor, mas com a flor da esperança. Com aquele fio forte ancorado ao lado de lá. Esta âncora, a esperança da ressurreição não decepciona” (2016).
Segundo o Catecismo da Igreja Católica “o cristão que une sua própria morte à de Jesus, vê a morte como um caminhar ao seu encontro e uma entrada na Vida Eterna” (CIC, 1998, p. 287). Assim, rezemos pelo encontro com Deus Pai Criador, na morada eterna, na esperança da ressurreição; a ressurreição que Cristo nos conquistou com sua morte e Ressurreição.
E junto às lembranças e orações aos nossos entes queridos, queremos lembrar de Nosso Pai e Fundador que faleceu em 15 de setembro de 1968, nos deixando este imenso legado que é a Obra de Famílias e a força da Aliança de Amor. Especialmente neste ano que é “Ano do Pai” nos preparamos para recordar os 50 anos de seu falecimento, em setembro de 2018.
Elizandro e Camila Camillo
Região Sul/XVII Curso da União de Famílias