19 de maio de 2016

20 de maio de 1945, o retorno do Padre Kentenich a Schoenstatt, depois da sua libertação do campo de

20 de maio de 1945, o retorno do Padre Kentenich a Schoenstatt, depois da sua libertação do campo de
20 de maio de 1945, o retorno do Padre Kentenich a Schoenstatt, depois da sua libertação do campo de

Na casa do pároco Kulmus, nos montes da Suábia], quando a II Guerra Mundial tinha afinal terminado[2], o Padre Kentenich podia retroceder do tempo e via passar diante de seus olhos os três anos e meio em que esteve preso pela Gestapo naquele lugar dos pagãos, dos loucos e da morte, como o definia.

Após a sua saída de Dachau[3], depois de sua rápida visita ao pároco da aldeia, onde agradeceu todo o empenho na ajuda aos sacerdotes recolhidos como ele ao campo, sua passagem breve pelo Mosteiro de Schoenbrunn, seguiu para passar uma semana com a Família de Schoenstatt da localidade de Freising.

Em breve chegaria o seu estimado irmão de sacerdócio e fiel colaborador, o Pe. Menningen, avisado que fora desde Freising pelos integrantes da Família de Schoenstatt daquela localidade. Então poderia retornar a Schoenstatt e pessoalmente rever o “prado de sol no brilho do Tabor”.

Por outro lado, a sua decisão de dar o “salto mortal” e aceitar a sua transferência para o Campo de Concentração de Dachau, tomada em 20 de janeiro de 1942, havia correspondido inteiramente à vontade da Mãe e Rainha Três Vezes Admirável e do Deus Trino, podia agora constatar.

De fato, tudo o que aconteceu foi para a honra e glória da querida MTA, que decisivamente o protegeu de todos os perigos, permitindo que ele sobrevivesse em condições tão hostis e possibilitando que estimulasse seus irmãos no sacerdócio, fundasse as duas comunidades que tanto iriam contribuir no futuro para o crescimento de sua amada Família de Schoenstatt e tudo o mais que aconteceu. Mas fundamentalmente, manteve intacta a sua amada Terra de Schoenstatt, que em breve iria rever.

Era perceptível que havia ficado espiritualmente muito próximo de sua Família, tendo experimentado um crescimento no seu amor de sacrifício por ela, como sentia aumentar o seu ardor e já planejava expandir Schoenstatt para outros países, bem como era marcante o selo divino sobre todo o trabalho realizado e que se concretizaria nos próximos anos.

 Sobre a sua amada Família de Schoenstatt, percebia que ela agora encarnava o ideal do homem novo na nova comunidade de corações, de uma forma como não se tinha vivido até então, bem como havia crescido na sua liberdade interior.

Por isso, tinha muito agradecer ao Deus Trino e expressara isso ao Cardeal Faulhaber, Arcebispo de Munique, na audiência que havia tido com ele para discutir a situação da pastoral na Alemanha destruída do pós-guerra.

Quando chegou o Pe. Pe. Menningen o acolheu e em seguida empreenderam a viagem de retorno, pedindo-lhe que passasse por Coblença, onde ainda pretendida encontrar o seu Jardim de Maria.

Chegou a Schoenstatt na manhã do dia 20 de maio de 1945, celebrando o santo sacrifício da missa no Santuário da MTA. Era o domingo de Pentecostes.

Sem mais perda de tempo, pôs a trabalhar. Sua primeira atividade foi levar a sua Família de Schoenstatt a fazer o retrospecto que ele pessoalmente acabara de realizar. Em uma alocução pronunciada naquele dia disse:

“Propriamente nada deveríamos fazer senão ficar em silêncio, um ao lado do outro, e meditar na bondade, no amor e na misericórdia de Deus, ou melhor, o próprio Deus bondoso, amoroso e misericordioso, conforme as palavras de Santo Agostinho: ‘Videbimus et amabimus, amabimus et laudabimos... in fine, sine fine’ (veremos e amaremos, amaremos e louvaremos... no fim, sem fim).

Nelson e Ana Virginia VI Curso

Região Sul

 

 


[1]  É uma região cultural, histórica e lingüística do Sudoeste da Alemanha. Seu nome deriva do Ducado da Suábia (915–1313), um dos ducados raiz que configuravam o território da Alemannia original.

[2] 08 de maio de 1945.

[3] Na manhã de 06 de abril de 1945.

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