- Fortalecendo sua Família: Criados para Amar
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Fortalecendo sua Família: Criados para Amar
Fortalecendo sua Família: Criados para Amar
A Teologia do Corpo, desenvolvida por S. João Paulo II, é uma série de 129 catequeses onde ele reflete sobre o amor humano, sobre a nossa sexualidade e principalmente sobre a razão pela qual temos esses instintos sexuais tão fortes. Por que Deus nos criou dessa forma?
A primeira constatação, que deveria ser óbvia para cada um de nós, é que o corpo do homem (masculino) e o corpo da mulher (feminino), não fazem sentido se olhados isoladamente. Mais especificamente, os órgãos genitais masculinos foram feitos para se “encaixarem” nos órgãos genitais femininos. Assim, a conclusão é que o homem e a mulher foram chamados para a comunhão, para se unirem e conforme o mandamento bíblico “tornarem-se uma só carne”. Fomos criados para amar!!
Esse chamado a nos doarmos ao outro, de procurarmos sempre fazer o bem ao outro, está impresso em nossos próprios corpos. Porém, o pecado original e depois nossos pecados pessoais nos impedem de ver essa realidade que era clara “no princípio”, quando o ser humano foi criado como homem e mulher.
E qual a razão disso, de termos sido criados para amar e ser amados? É que somos chamados a passar a eternidade em comunhão com Deus, numa união íntima de amor. Assim, Deus nos fez homem e mulher, para que na união dos dois, especificamente na união sexual, pudéssemos sentir uma ínfima parte do êxtase que sentiremos quando nos unirmos a Ele no Céu, no banquete nupcial do Cordeiro, como nos fala o livro do Apocalipse (Ap 19,9). E essa união é tão importante, deve representar um amor tão profundo e forte, que muitas vezes, depois de nove meses, precisamos lhe dar um nome!
Toda a natureza criada nos fala dessa união, desse chamado à eternidade e a forma que Deus nos mostra isso é através da relação sexual e do acasalamento dos animais. Se olharmos os animais, eles são chamados apenas a se alimentarem e a acasalarem. Em um espaço de apenas um quilometro quadrado existem mais insetos do que toda a população humana mundial. E o que esses insetos estão fazendo? Se alimentando e acasalando.
E Jesus, quando se incarnou, ou seja, quando assumiu um corpo, veio nos redimir e redimir a nossa sexualidade. Ele nos salvou através da doação de seu corpo, de seu sangue. Ele nos chama a nos unirmos com Ele na Eucaristia, nos alimentando de seu corpo e de seu sangue.
Dessa forma, a realidade da nossa sexualidade é uma realidade sagrada! Somos chamados, como casados, a sermos reflexos do amor de Cristo por sua Igreja! E esse mistério é grande, como nos diz São Paulo. Não podemos condenar o nosso corpo, achando que ele é “mau”. Isso é uma grande heresia! Precisamos usar o nosso corpo para o bem, para servir aos outros com generosidade.
Precisamos também assumir e viver a nossa masculinidade e a nossa feminilidade, mostrar ao mundo o que significa ser homem e ser mulher. Com toda essa confusão criada pela ideologia do gênero, esse chamado é mais do que urgente.
E por falar em gênero, essa palavra literalmente significa “a forma com que se gera”. Ou seja, se eu gero nova vida dando a minha semente, meu gênero é masculino. Se a forma com que eu gero nova vida é me abrindo para receber a semente, a acolhendo em meu ventre, meu gênero é feminino. E ponto. Por mais que a sociedade queira inventar, só existem dois gêneros, duas formas pelas quais se pode gerar nova vida: ou doando a semente ou recebendo e nutrindo essa semente!
Desta forma, a razão pela qual possuímos instintos sexuais tão fortes é que eles devem nos levar a refletir sobre o nosso verdadeiro chamado: nos unirmos eternamente com Deus em um êxtase sem fim! Toda vez que sentirmos esse impulso, que certamente pode ser satisfeito dentro do matrimônio, devemos lembrar a que somos chamados. Nesse mundo jamais nos satisfaremos plenamente. Os prazeres que sentimos, desde que buscados de forma ordenada, são apenas uma pequeniníssima parte do êxtase que sentiremos quando chegarmos ao Céu!
Para refletir:
- Tenho consciência que meu corpo é bom, que meus instintos são bons, que foram criados por Deus para que eu possa servir aos demais?
- Vivo de forma correta a minha sexualidade, o meu ser masculino ou meu ser feminino?
- Procuro a relação sexual como forma de agradar meu cônjuge, de lhe dar prazer e de aumentar nossa intimidade e nossa união?
Flávia e Luciano Ghelardi
Região São Paulo / XIII Curso