SAGRADA ESCRITURA
SAGRADA ESCRITURA
Quis Deus revelar-Se
A Constituição Dogmática Dei Verbum nos ensina que a Revelação Divina deu-se por iniciativa e desejo do próprio Deus. “Aprouve a Deus, em sua bondade e sabedoria, revelar-Se a Si mesmo e tornar conhecido o mistério de Sua vontade, (Cf. Ef. 1,9) pelo qual os homens, por intermédio de Cristo, Verbo feito carne, e no Espírito Santo, têm acesso ao Pai e se tornam participantes da natureza divina.” (Concílio Vaticano II, Const. Dei Verbum, 2.)
Cristo, plenitude da Revelação.
Depois de ter falado em muitas vezes e de muitos modos pelos profetas, “ultimamente, nestes dias, Deus nos falou por seu filho” (Heb 1, 1-2) Jesus Cristo, pela plena presença e manifestação de Si mesmo por palavras e obras, sinais e milagres e especialmente por sua morte e gloriosa ressurreição dentre os mortos e, enfim pelo Espírito de verdade, aperfeiçoa e completa a revelação e a confirma com o testemunho divino que Deus está conosco para libertar-nos das trevas do pecado e da morte e para ressuscitar-nos para a vida eterna. (Cf. Concílio Vaticano II, Const. Dei Verbum, 4.)
As verdades reveladas.
“Pela revelação divina quis Deus manifestar-Se e comunicar-Se a si mesmo e os decretos eternos de sua vontade acerca da salvação dos homens, a saber, para participar os bens divinos, que superam inteiramente a capacidade da mente humana.” (Concílio Vaticano II, Const. Dei Verbum, 6.)
Os Apóstolos e seus sucessores, pregoeiros do Evangelho.
Jesus Cristo, ordenou aos apóstolos que o Evangelho, prometido antes pelos Profetas, completado por ele e por sua própria boca promulgado, fosse por eles pregado a todos os homens como fonte de toda verdade salvífica e de toda disciplina de costumes, comunicando-lhes os dons divinos. Portanto, esta Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura de ambos os Testamentos são como o espelho em que a Igreja peregrina na terra contempla Deus, de quem tudo recebe, até que chegue a vê-lo face a face como é. (Cf. Concílio Vaticano II, Const. Dei Verbum, 7.)
Inspiração e verdade na Sagrada Escritura.
A Santa Mãe Igreja, segunda a fé apostólica, tem como sagrados e canônicos os livros completos, tanto do Antigo como do Novo Testamento, com todas as suas partes, porque, escritos sobre a inspiração do Espírito Santo eles tem Deus como seu autor. Na redação dos livros sagrados Deus escolheu homens, utilizou-se deles sem tirar-lhes o uso das próprias capacidades e faculdades, a fim de que, agindo ele próprio neles e por eles, consignassem por escrito, como verdadeiros autores, aquilo tudo e só aquilo que ele próprio quisesse. (Cf. Concílio Vaticano II, Const. Dei Verbum, 11.)
Como interpretar a Sagrada Escritura.
Entretanto, já que Deus na Sagrada Escritura falou através de homens e de modo humano, deve seu intérprete investigar atentamente o que o escritor sagrado de fato quis dar a entender. A Sagrada Escritura deve também ser lida e interpretada naquele mesmo Espírito em que foi escrita. (Cf. Concílio Vaticano II, Const. Dei Verbum, 12.)
Para concluir, gostaríamos de convidar você, caro leitor, a fazer um estudo mais profundo da Constituição Dogmática “Dei Verbum” sobre a Revelação Divina.
O Documento que é parte do Compêndio do Vaticano II, pode ser encontrado e baixado livremente no formato PDF em vários sites na Internet.
Rosana e Gilberto Paiva
XIX Curso UF - Região Paraná