67 anos da Coroação de Maria como Rainha da Filialidade Heróica

Hoje se completam 67 anos da coroação que o próprio Fundador realizou no Santuário de Santa Maria no dia 20 de agosto de 1949. O acontecimento marcou a história do Movimento do Brasil, não somente porque foi a primeira coroação em um Santuário no Brasil, mas também porque incorporou o Brasil no contexto do 31 de Maio -terceiro marco histórico da Família- que proclamou a cruzada do viver, pensar e amar orgânico, como missão de Schoenstatt para a Igreja e o mundo.

Alguns meses após depositar a carta em resposta aos questionamentos da Igreja sobre o altar do Santuário de Bellavista, no Chile, em 31 de Maio de 1949, o fundador se encontra no Brasil, em Santa Maria, onde segue escrevendo a carta. Nesse mesmo momento, as Irmãs de Maria se preparavam para coroar a Mãe no Santuário. O Fundador vê neste ato de coroação, uma oportunidade para entregar a Mãe o futuro da Obra e inspirar a atitude de Filialidade Heróica na família de Schoenstatt, diante das dificuldades que iriam se apresentar.

Conta a cronista a respeito do dia 20 de Agosto de 1949: “A palestra do Senhor Padre (Pe. Kentenich) tinha um cunho de austeridade, quando falou sobre os problemas no âmbito da Igreja, da Família e da vida pessoal. […] Terminada a palestra, rezamos nossa oração de coroação. Depois, o Senhor Padre tomou em mãos a coroa, subiu os degraus da escada revestida de branco e, sempre segurando a coroa nas mãos, rezou espontaneamente, os olhos nos olhos da Mãe de Deus, dirigindo-se singelamente a ela. Ao terminar sua oração, coroou a Mãe de Deus como Rainha da Filialidade Heroica.” (Coroar por quê?, Ir. M. Lúbia Bonfante, 2ª edição, pág 54)

A oração de coroação expressava o pedido que o Padre José Kentenich guardava no coração para a Obra e para seus filhos espirituais: “Pedimos-te novamente que aceites a coroa como expressão do pedido: cuida que todos os filhos de Schoenstatt recebam e conservem, até o fim dos tempos, a graça da filialidade heroica e, com ela, a garantia do elemento essencial de nossa espiritualidade”

O fundador nos ensina que ao coroar a Mãe, Ela tambèm nos entrega uma coroa: “Queremos colocar uma nova coroa sobre sua cabeça, com a esperança de receber tambem uma coroa em troca, de ser nós mesmos uma coroa.” (Coronación de Maria, Pe. José Kentenich, pág 57). Assim, toda coroação torna-se um reconhecimento da realeza de nossa Mãe, reconhecendo o seu reinado em nós e, em um ato de agradecimento e confiança, aprofundamos nossa Aliança de Amor. 

Hoje somos convidados a renovar a coroação de nossa Mãe como Rainha da Filialidade Heróica, na esperança que em troca ela faça surgir em nós esta disposição filial ao heroísmo e reine diante de nossas dificuldades. Os desafios são diferentes de 1949, mas a atitude diante deles precisa seguir a mesma. Qual dificuldade você quer confiar a Mãe de Deus hoje? O que está exigindo de você filialidade e heroismo?

Fausto Ruiz e Nathalie Amorim

São Paulo/ XXVII Curso