BÍBLIA SAGRADA

Todos os anos, no mês de setembro, a Igreja Católica vivencia o mês da Bíblia e estimula os fiéis a se dedicarem à sua leitura e interpretação. Embora seja um dos livros historicamente mais vendidos (disponível à mais de 90% da população mundial) e traduzidos (mais de 120 idiomas), poucos são os católicos que se dedicam a lê-la e a conhecer seu conteúdo com propriedade.

A Bíblia se divide em duas partes principais: o Antigo Testamento com 46 livros e o Novo Testamento com 27. O Antigo refere-se ao período anterior a Jesus Cristo e o Novo se refere ao período cristão.   

O Antigo Testamento, compilado em hebraico, é formado por três partes. A primeira parte denominada “Lei” ou Torá contem os cinco primeiros livros – Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio – e recebe o nome de Pentateuco.

Já o Novo Testamento, conhecido como a “Boa Nova”, é composto pelos evangelhos sinóticos – termo que designa muita semelhança entre si, ou seja, apresentavam conteúdo semelhante, sob o mesmo ponto de vista. Os autores destes três evangelhos são Mateus, Marcos e Lucas, e são embasados fortemente em vivências pessoais e apresentam Jesus Cristo com característica humanas, Destacam-se suas ações milagrosas, diferentemente do evangelho de João que contempla maior desenvolvimento teórico e influência filosófica da época.

O evangelho de São João, mais que os demais, quer dar a entender o sentido da vida, dos gestos e das palavras de Jesus, proclamando sua messianidade e filialidade divina, além da designação como o Messias pela descida do Espírito Santo. Certo é que, de acordo com estudiosos, os quatro evangelhos apresentam evidências que eles se relacionam entre si e, portanto os evangelistas conheciam mutuamente o conteúdo dos textos e informações dos escritos uns dos outros.

Compõe ainda o Novo Testamento, os Atos dos Apóstolos, as epístolas de Paulo, consideradas historicamente como os primeiros escritos do Novo Testamento, as epístolas de Pedro, Tiago e Judas e também o livro do Apocalipse escrito por João. O primeiro evangelho, escrito por Marcos data de 60 a 70 d.C., seguido dos evangelhos de Mateus e Lucas e finalmente o de João escrito em 100 d.C.

O livro dos Atos dos Apóstolos e o evangelho de São Lucas formam uma só obra a qual poderia dar-se o nome de “história das origens cristãs”.

Devido à grande quantidade de livros que apareceram posteriormente à morte de Jesus Cristo, no século IV a Igreja se reuniu em Nicéia e definiu a lista de livros sagrados considerados autênticos que comporiam a Bíblia, sendo que esta lista, denominada cânon, é a mesma até os dias de hoje.

Para reflexão

• Apesar de quase todos os lares possuírem uma Bíblia, por que poucos se dedicam à sua leitura e compreensão?
• Qual sua opinião sobre a inclusão do estudo bíblico no conteúdo programático de formação dos cursos?

Sheizi e Marina Naka – região São Paulo – II curso