Fortalecendo sua Família: Somos filhos do Rei

Nossa realeza aparece na forma em que nos vinculamos a Deus, aos seres humanos e à criação; ou na forma em que nos desvinculamos deles.

Devemos ensinar nossos filhos (e sermos nós mesmos um exemplo disso) que somos filhos do Rei e para manter essa nossa dignidade de realeza, precisamos estar atentos à nossa volta, seja em certas ocasiões, na convivência com pessoas, coisas e lugares. Jamais no sentido de sermos “esnobes”e menosprezar aqueles que talvez não tenham os mesmos privilégios materiais, intelectuais ou espirituais que nós.

Ter clareza sobre esta dignidade e com a ajuda da graça, sempre nos afastaremos destas situações de pecado, lembrando sempre que somos filhos da realeza de Deus e assim não devemos nos associar com aqueles que irão tentar manchar nossa reputação e dignidade com o pecado.

Nossa atitude frente ao pecado deve ser de absoluto horror. O pecado não pode ser algo que nós casualmente desviamos – ele deve nos impulsionar a correr imediatamente na direção contrária. Devemos enxergar o pecado – por menor que ele seja – como um obstáculo para o nosso relacionamento com Deus e uma ameaça à nossa herança, que é o Céu.

As famílias reais na terra passam sua herança para seus filhos, incluindo bens, propriedades e os privilégios que os acompanham. Nós também passamos nossa herança para nossos filhos: uma rica herança que inclui o privilégio de nos chamarmos filhos de Deus e de compartilharmos sua vida divina. É a herança de nossa fé, que nos foi dada por Deus e passada de geração em geração. É a herança que nos permite andar com nossas cabeças erguidas em reconhecimento às nossas bênçãos.

Os sacramentos são a parte do privilégio de nossa herança real, então nós devemos recebe-los o mais frequente possível. Receber a sagrada Eucaristia também durante a semana deve ser uma meta que toda família da União deve buscar. Jesus se dá a nós como alimento e quanto mais nos alimentarmos de Jesus, mais forte seremos pare enfrentar os desafios de nosso dia a dia.

A confissão frequente já é um costume dos casais de nossa União, mas será que estamos estimulando também nossos filhos a receberem esse grande presente que é o perdão dos pecados e a força para não pecar mais? Para nós é normal levarmos os filhos à missa dominical, mas por que, muitas vezes, não cuidamos que eles também recebam frequentemente o sacramento da Confissão? Santo Tomás de Aquino, um homem de inteligência muito privilegiada, conta que quanto mais pura a alma estiver, melhor consegue utilizar seus dotes intelectuais, entendendo mais facilmente as questões que precisa resolver. Isso é um ótimo argumento (se não quisermos falar apenas da parte espiritual) para convencer nossos filhos a buscar a confissão. Quanto mais eles se confessarem, alcançarão um desempenho melhor em seus estudos e trabalho.

Como família, somos uma igreja doméstica. E o nosso Santuário-lar é o local em nossa casa que nos remete a essa realidade. Uma prática que ajuda a manter em nós e em nossos filhos essa consciência de sermos filhos do Rei é cada membro da família escolher um símbolo do Santuário-larque possa representar cada um. Pode ser a imagem da Mãe de Deus, ou do Pai Fundador, a cruz, o olho do Pai, a vela, o Espírito Santo, a água benta, etc. Este símbolo estará diretamente ligado com nosso Ideal Pessoal e já pode ser indicativo do Ideal Pessoal de nossos filhos. O esforço para conquistar esse símbolo e nos tornarmos cada dia mais semelhante a ele é um excelente meio de autoeducação e uma fonte de contribuições ao Capital de Graças.

Para refletir:

1. A quem ou a que sua família se vincula?
2. Qual é a sua herança como família? Como católicos?
3. Como a Providência Divina conduziu sua família no decorrer dos anos? Quais foram os momentos excepcionais em que você experimentou seu cuidado especial por você?
4. Como, especificamente, sua igreja doméstica simboliza a Igreja universal?

Flávia e Luciano Ghelardi

Região São Paulo / XIII Curso