“EIS AÍ A TUA MÃE”
“EIS AÍ A TUA MÃE”
A vida do pequeno José já estava sob o olhar do bom Deus desde sempre. Sua mãe Catarina, aos 22 anos e solteira, ainda grávida, em meio a sua angústia interior para aceitar aquela difícil situação “consagrou a criança que iria nascer a Deus e a Nossa Senhora, por quem tinha um grande amor”. A fé de Catarina fez com que aquele pequeno ser em seu ventre estivesse protegido de suas aflições e angústias.
Com essa proteção divina, Catarina deu à luz a José, “que se tornou o conteúdo e o sentido de sua vida”. Catarina era distinta, firme e trabalhadeira. Mas tempos difíceis vieram e novamente essa mãe amorosa se angustia com a impossibilidade de continuar a educar sozinha seu filho, José Kentenich, então com 9 anos.
“Não há dinheiro para colocar José em um internato. ” O Bom Deus, que de todas as situações sabe extrair o Bem, iluminou o Padre Savels, confessor de Catarina, a encaminhar José ao orfanato de Oberhausen, onde ele poderia ser educado por bons professores. Mas para Catarina é imensamente difícil a decisão de separar-se de seu único filho. Demora quase um ano para decidir-se. Então, em 12 de abril de 1894, José é levado por sua mãe ao orfanato. José conscientiza-se de que sua vida, a partir daquele dia, iria sofrer uma tremenda mudança. “Ele tem que deixar tudo o que até agora amava e possuía”.
Antes da despedida Catarina vai com José à capela do orfanato. Ali junto à imagem de Nossa Senhora refugia-se com seu filho e voltando-se à a Maria o consagra. Este filho que não está mais em seu ventre e nem estará mais sob os seus cuidados. Ela confia a Maria seu bem mais precioso – seu pequeno José. E como sinal desta consagração ela deixa também com Maria sua correntinha com a cruz de Jesus, recordação da sua primeira comunhão.
O pequeno José, que até aquele momento sofria com a despedida e com o que poderia acontecer, experimenta novamente os efeitos da fé e abre sua vida para a consagração. A partir daquele momento, sua vida toda estará sob o olhar e os cuidados de Maria! E nós somos testemunhas das consequências dessa consagração e da vida nova que ele experimentou sob a proteção da Mãe.
Neste 12 de abril nos encontramos na Semana Santa, preparando-nos para reviver a paixão, morte e ressureição de Jesus. Como Catarina, também temos nossas angústias interiores e dificuldades na nossa vocação. Como o Padre Kentenich também sofremos com as despedidas e as difíceis mudanças de rumo em nossas vidas. Mas o Bom Deus também tem seu olhar sobre cada um de nós, desde sempre!
Na próxima sexta-feira Ele vem, mais uma vez, nos presentear com sua Mãe. No alto da cruz, nos consagra Maria: ECCE MATER TUA – Eis aí a sua Mãe. Nós a temos!! Fica-nos a pergunta: e Ela, nos tem?
Pelas mãos sacerdotais do nosso querido Padre Kentenich, peçamos a graça de fazermos também nós esta experiência de fé com a nossa entrega total à Maria, e que possamos junto a Ela vivermos a vida nova que Cristo nos dá!
Feliz Páscoa! Feliz Vida Nova!
Sergio e Karina Ozorio
Região Paraná / XII Curso