11 de junho de 2019

SEMPRE NAMORADOS

Embora cursamos juntos o Colégio, foi no último ano que os nossos corações dispararam
SEMPRE NAMORADOS

 

Embora cursamos juntos o Colégio, foi no último ano que os nossos corações dispararam e os nossos olhares foram trocados com maior intensidade, culminando no início de namoro, justamente na nossa Festa de Formatura, uma semana antes do Natal de 1981. No ano seguinte, cada um foi cursar sua Faculdade e nos víamos, praticamente, nos finais de semana.

Desde aquele 19 de dezembro de 1981, se passaram mais de 37 anos. Namoramos 7 (nos casamos em 1989) e completamos, portanto, 30 anos de casados no último mês de março. Somos pais da Gabriela (que se casou com o Eduardo) e da Giovanna, que namora o Alexandre.

É uma vida, que tem passado muito rapidamente... Voando, na verdade. Dá a impressão que foi ontem. Se tivéssemos que viver tudo novamente, com certeza, faríamos tudo de novo e melhor. Se amar é fazer o outro feliz, podemos dizer que somos plenamente felizes.

Sempre nos perguntam: mas o qual o segredo de se dar bem? Não tem uma resposta pronta, mas o que podemos dizer é que trabalhamos juntos há 20 anos; desde o casamento participamos ativamente da Igreja; ou seja, ficamos juntos quase 24 horas por dia. E continuamos casados.... aliás... ainda somos (e)namorados. Sermos casados é o estado jurídico, mas sermos enamorados é o estado emocional. Nos curtimos muito e gostamos de ficar um perto do outro. Fazemos um bem danado um ao outro. Rimos muito de nós mesmos. Chegamos muito mais longe do que poderíamos imaginar, talvez porque nunca fizemos planos, nunca guardamos dinheiro. Na verdade, nunca nos preocupamos com o amanhã. Pode parecer até irresponsabilidade, mas não é. Vivemos naturalmente assim: Trabalhamos e deixamos Deus cuidar. MPHC é mais do que uma sigla, pois para nós é vida no dia a dia.

O que de fato não abrimos mão é do respeito um ao outro, cuidar do outro e viver pelo outro. Jamais como cobrança, mas, de fato, de um jeito muito natural. Voltar sempre ao primeiro amor, eis o objetivo, a meta e o segredo. Aquele amor primeiro é invencível diante das dificuldades que o mundo possa apresentar. Aquele primeiro amor é a força vitoriosa diante de qualquer provação.

Olhar as fotos antigas de namoro e o álbum de casamento faz um grande bem aos dois, porque ali está a nossa essência, ali está a nossa força.

Quer um conselho? Saia de casa com ela, sua esposa, saia com ele, seu marido, como saíam no tempo de namorados, curtam momentos a dois, respeitando logicamente o tempo dos filhos. Namore, desenferruje. Aos homens: Lembre-se de como se esforçou para conquista-la. Para as mulheres: Lembre-se de como se arrumava para esperar o namorado. Se cuidem, inclusive da aparência. É tudo para ele e tudo para ela. Não se arrume para os outros, mas sim se arrume e se cuide para o outro. Entenderam? Então, façam! Coragem! Você consegue, mesmo com os quilinhos a mais que o tempo nos traz.

Logicamente tem um detalhe que não pode passar desapercebido: no início do texto escrevemos que desde sempre participamos da vida na Igreja e desses 30 anos, 20 são em Schoenstatt, fortalecidos pela Aliança de Amor que selamos com nossa Mãe querida. Diante de tantos desafios e de tantos perigos, não tem como enfrentar o mundo sozinhos. Temos uma grande aliada, temos uma pedagogia que nos fortaleceu e fortalece muito. Temos o Santuário, do qual irradia muitas graças, especialmente o abrigo espiritual, a graça da transformação e do ardor apostólico. Essa fonte está em nossa casa, através do nosso Santuário Lar, está na União de Famílias de Schoenstatt, Comunidade que pertencemos.  Guerrear no mundo sem o exército celeste, da qual a Mãe é a Rainha, é ficar vulnerável. Não tem como arriscar, porque estamos falando de uma família, no caso a nossa.

Nesses dias, recebemos da Irmã Isabel Machado, que trabalha atualmente na Alemanha, um texto que nosso Pai e Fundador escreveu, em 1958, e diz tudo o que um marido e uma esposa jamais podem esquecer:

“Quando nos ajoelhamos, como casal, diante do altar, também dissemos: Não quero aceitar a ninguém senão a este homem, a ninguém senão a esta mulher. Foi uma decisão clara. Rejeitamos todos os outros homens e todas as outras mulheres. Conheço apenas UMA mulher, a quem pertenço completamente; apenas UM homem, a quem me entrego completamente... Escolhemo-nos um ao outro. Outros homens podem ser mais poderosos, mais ricos, mais eficientes. Eu só conheço UM homem. Outras mulheres podem ser mais bonitas, mais charmosas, mais adoráveis - só conheço UMA mulher. Nós dois nos pertencemos mutuamente até o fim da vida. Parece tão simples e, no entanto, é algo extraordinariamente grande.”  PJK 16.06.1958

Olha que nosso Pai não foi casado e nunca namorou, mas conseguiu adentrar a alma dos enamorados.

Portanto: Faça o simples de modo extraordinário, então sem perceber, fará naturalmente o extraordinário de uma maneira muito simples.

Vale a pena! Tenham certeza disso!

O mundo precisa de muitos testemunhos, de que amor esponsal tudo cura, tudo pode.

 

Romulo e Márcia Romanato

União de Famílias de Schoenstatt.

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