17 de agosto de 2019

RAINHA DA FILIALIDADE HERÓICA

70 ANOS DE COROAÇÃO DA RAINHA DA FILIALIDADE HERÓICA
RAINHA DA FILIALIDADE HERÓICA

70 ANOS DE COROAÇÃO DA RAINHA DA FILIALIDADE HERÓICA

Ir. M. Neiva Pavlak

A 20 de agosto de 1949 nosso Pai e Fundador, Padre José Kentenich, em uma de suas visitas ao Brasil, coroou a Mãe de Deus como Rainha da Filialidade Heróica no Santuário Tabor de Santa Maria/RS, o primeiro entre muitos edificados na “Terra de Santa Cruz”.

É muito importante entender o contexto histórico deste ato de coroação que o próprio Padre Kentenich caracteriza como “um ato de gratidão filial, de alegre testemunho e de múltiplos pedidos”.

Ao mesmo tempo em que, no âmbito da Igreja, Padre Kentenich enfrentava uma situação de incompreensões em relação à pedagogia e a espiritualidade de Schoenstatt, reconhece, com gratidão, tudo o que a Mãe e Rainha de Schoenstatt operou no Brasil desde a chegada dos primeiros ‘instrumentos’ enviados do Lar Original ao Brasil – as 12 Irmãs de Maria que aqui chegaram, em 1935.

Na oração que Padre Kentenich faz no Santuário, diante da imagem da Mãe e Rainha, por assim dizer, abre seu coração filial e repleto de amor à sua Rainha da Aliança de Amor. Numa oração espontânea, já conhecida pelos schoenstatianos, que durou cerca de 20 minutos, reconhece as glórias que a Mãe revelou entre e em seus filhos e filhas do Brasil Tabor: “Formaste realmente um reino de glórias, um reino de pureza, um reino de amor, um reino de sabedoria, um reino de poder e da arte de educar!” Expressa sua confiança no poder educativo da Mãe de Deus e entrega-lhe o cuidado pela continuidade e o crescimento de Schoenstatt no Brasil.

Encantado com o modo de ser latino americano, especialmente pela alma do povo brasileiro, reconhece nele um ‘material do qual se pode esculpir santos’, isto é, um povo mariano e filial, aberto para Deus e o mundo sobrenatural, com uma religiosidade espontânea e popular.

Ao lado desses aspectos de luz, percebe também alguns aspectos de ‘sombra’ que ofuscam o brilho da santidade, ou seja, as limitações e defeitos próprios do tipo brasileiro: certa superficialidade e comodismo, também em relação à vida cristã, como também a tendência a encobrir a verdade, o popularmente chamado ‘jeitinho brasileiro’, que não é uma virtude!

Padre Kentenich acolhe com muito amor o povo brasileiro, confia nele e entrega-os aos cuidados da Mãe e Rainha de Schoenstatt. A expressão de toda a sua confiança está numa afirmação de São Vicente Pallotti que Padre Kentenich repetiu muitas vezes: “Ela é a grande missionária, Ela realizará milagres!”.

O grande milagre que ele espera que a Mãe de Deus opere em cada um de seus filhos é que nos tornemos filhos heróicos do Pai, a exemplo de Jesus.

Entregando a Coroa e o Cetro, insígnias reais, confere à Mãe o título de Rainha da Filialidade Heróica e, com este ato, confirma a missão de Schoenstatt no Brasil: viver a filialidade em Cristo, até o grau heróico, o que significa, ao mesmo tempo, viver a ‘santidade de todos os dias’. O dom da filialidade nos foi conferido pelo Sacramento do Batismo e é o fundamento da espiritualidade cristã e por isso também é o elemento essencial da espiritualidade de Schoenstatt.

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