DOCUMENTO DE FUNDAÇÃO
O DOCUMENTO DE FUNDAÇÃO NOS ORIENTA NA SITUAÇÃO EM QUE VIVEMOS
O DOCUMENTO DE FUNDAÇÃO NOS ORIENTA NA SITUAÇÃO EM QUE VIVEMOS
O nosso Pai e Fundador recomendou que nos dias 18, de cada mês, deveríamos reler o Documento de Fundação. Tão grande era a importância que lhe atribuía! Repetiu muitas vezes que ele nos oferece os fundamentos de Schoenstatt, que nele encontramos tudo a respeito do Movimento, que nos oferece orientações e respostas para todas as situações de nossa vida.
Todos conhecemos a 1ª parte do Documento de Fundação, nome que recebeu a palestra que o então Diretor espiritual proferiu em 18 de outubro de 1914. Essa parte é a que consta do livro Documentos de Schoenstatt. Até 2012 era a única conhecida em português. A gente sempre achava estranho que o Pai tivesse falado tão pouco - embora fosse o essencial e substancial - no 1º encontro dos Congregados, após as férias, justamente na inauguração e tomada de posse da Capelinha pela Congregação Mariana. Só em 2012, com a publicação do livro Sob a Proteção de Maria pudemos encontrar a conferência em toda a sua extensão. Foi uma grande surpresa para nós. Verificamos que a 2ª parte é a mais extensa. Nela o Fundador analisa o tempo de guerra que eles viviam e faz aplicações à vida dos jovens chamando-os a um esforço ainda maior no processo de sua autoeducação e santificação. Usa expressões fortes, que soam estranhas e que podem ferir ouvidos estranhos. Ele se dirige, entretanto, aos seus jovens congregados que alimentavam altos ideais. Começa falando do "profundo significado da guerra atual para o futuro de nossa Congregação". Continua dizendo que "tudo depende de nossa perfeição de estado" e que, nesse sentido, a guerra é “um meio extraordinariamente eficaz". Afirma, ainda, que ela é como que "uma poderosa missão popular" ou, aplicada a eles, "um curso de retiro espiritual pregado pelo próprio Deus infinito".
Pois bem, relemos o Documento de Fundação e refletimos novamente sobre o seu conteúdo. Pode-se perceber melhor, toda vez que se o lê, a sua extraordinária atualidade e riqueza que o nosso Pai e Profeta deixou-nos como fundamento e herança. Cremos que, trocando a guerra de então pela pandemia dos nossos dias e pelas "guerras" em meio às quais vivemos, essa segunda parte do Documento, feitas as devidas analogias, aplica-se perfeitamente a nós, membros da União de Famílias. Dela podemos extrair respostas às interrogações que nos ocorrem e lições para nossas vidas em vista do nosso crescimento no nosso caminho de santidade, à luz dos nossos ideais.
Isso posto, ocorreu-nos a ideia de lembrar a todos os unionistas a necessidade de voltarmos sempre às nossas origens (conforme nosso lema do ano), aos ensinamentos do nosso Fundador, colocando à disposição de todos esse precioso Documento. Cremos que a maioria possui o livro, outros, porém, não dispõe dele agora. Por isso, vamos enviá-lo em três partes por ser muito longo e talvez fique mais difícil a sua leitura em uma só vez. Que o nosso Pai fale a cada um, a cada casal e família, como outrora falou aos seus jovens congregados.
O DOCUMENTO DE FUNDAÇÃO NOS ORIENTA...1ª parte
Vede, meus queridos congregados, o profundo significado da guerra atual para o futuro de nossa Congregação e de nossa Capela. Tudo depende de nossa perfeição de estado. Em vista dela, a guerra é
1. um meio extraordinariamente eficaz,
2. um campo de atuação realmente digno.
Vamos contemplar um pouco mais de perto estas duas ideias atuais.
1. “A seriedade do momento atual”, assim li há pouco num diário (Koeln.V. 1914/883)“é férrea como é séria a espada de nossos combatentes. ” Por isso, precisamos aproveitar este grande momento que devemos agradecer a Deus... Se conseguirmos resgatar a imensa vantagem religiosa que este tempo de aflições nos traz, que nos poderia trazer, ele transjormar-se-á num verdadeiro tempo de graças e de Deus. Mas se deixarmos passar este momento grande e realmente decisivo sem o aproveitarmos, não haverá outro igualmente oportuno dentro de um tempo previsível...
O fato de o Comitê de Bonn para conferências (assim como outros círculos) se preparar para organizar sessões públicas em vista da renovação interior do povo dá prova da seriedade com que encara esta realidade.
Portanto, deve haver algo de verdadeiro na minha afirmação. A dúvida diminui mais ainda se eu a formular de forma diferente e mais compreensível. A guerra é uma poderosa missão popular — ou, aplicado a nós — um curso de retiro espiritual extraordinariamente pertinente. O sucesso deste retiro deve ser tanto maior porque o pregador é o próprio Deus infinito, o melhor conhecedor do coração humano. Ele não nos fala por meio de palavras, mas através de um ato grandioso, de uma atuação dramática imensamente tocante, na qual todos nós temos um papel a desempenhar. — A guerra faz que a força se manifeste, eleva tudo a um nível extraordinário.
Sobre o grande palco mundial europeu desenrolam-se, um ato após outro, uma cena após outra, que fazem estremecer o nosso olhar. E quanto mais a ação se desenrola, mais irresistivelmente somos subjugados pelas grandes verdades do retiro: a relação fundamental da pessoa humana com Deus, a dissolução desta relação mediante o pecado e a sua restauração através da íntima relação com Cristo.
No seu íntimo, o ser humano depende inteiramente de Deus. Quanto mais e com maior sucesso a humanidade moderna constrói a torre da sua cultura, mais orgulhosa é a sua atitude. Chegou o momento de o Todo Poderoso descer encolerizado do céu para defender pessoalmente o seu senhorio. Manifesta sua tremenda Majestade aos povos, fazendo-os tremer e estremecer. Dos trovões e raios dos canhões, do estremecer da terra ressoa a sua voz, como ressoou outrora no Sinai no bramir das forças da natureza revoltada: Eu sou o Senhor teu Deus! Não terás outros deuses além de mim.
A orgulhosa autoglorificação do homem moderno cai por terra, como atingida por um raio. Na consciência do seu desvalimento, eleva como o navio gigante Titanic o seu gemido ao eterno Guia da batalha: Mais perto de ti, meu Deus, mais perto de ti. Seja este o meu lema e a minha bandeira.
A tortura desta aflição está gravada com estilete de bronze no rosto e no coração dos filhos de Adão. A própria vida tornou-se extremamente barata, barata como os pardais, dos quais se compram dois por um soldo. Não, a vida não é o maior bem, para nem falar das obras de mãos humanas. Hoje existem, amanhã perecem. Vanitas vanitatum! Et omnia vanitas .
Como nunca antes acontecera, a modernidade ajoelha-se, junta as mãos diante do seu Deus desprezado e bate humildemente no peito: Pai, eu clamo a ti! Nas tuas mãos deponho a minha vida! Pai, abençoa-me quando os trovões da morte me saudarem!
Uma imagem digna do pincel de Rafael; uma cena tão plástica e dramática como não vimos outra igual em toda a nossa vida. Deixemos o cenário atuar sobre os nossos sentimentos. Insiramos nele, acrescentemos-lhe todas as nossas pequenas experiências pessoais.
Talvez nosso próprio coração já se tenha comprimido em aflição pela vida de uma pessoa cara, ou pelo pão de cada dia, ou pelo nosso próprio futuro. Talvez possamos recordar momentos inesquecíveis em que vimos pessoas manifestarem sua tocante dependência de Deus. A mobilização teve no país o efeito de um tufão. Todos acorriam ao confessionário e à mesa de comunhão. E onde não houve tempo para isso, o pároco precisou dar pelo menos a sua bênção sacerdotal. Homens de coração endurecido e fechado amoleceram como cera. O atendimento das confissões tornou-se realmente fácil, mais fácil do que em qualquer missão popular. Homens que há anos não queriam saber de Deus e da Igreja converteram-se.
Numa estação termal junto à Sieg (Eitorf) foi chamado às armas um senhor distinto. Quando seu filho fez a primeira comunhão, contentou-se em ir buscá-lo à Igreja; não quis entrar. Agora clama ao povo que o acompanha: “Rezem por mim para que as balas não me atinjam!”
Há pouco, um suboficial contou-me: Quando se está em meio à chuva de balas, quando à direita e à esquerda cai um camarada após o outro e no final da batalha, ao procurar os conhecidos, não se encontram muitos, as lágrimas estão mais perto que outra coisa. Então, aprende-se de novo a rezar! E justamente os que na vida civil não queriam saber de Deus são os que mais se apegam a ele.
E os que ficam para trás: todos somos testemunhas de como mais homens frequentam as igrejas nos dias de semana do que em outros tempos aos domingos.
Mais perto de ti, ó Deus, mais perto de ti, este seja o meu lema e a minha bandeira.
A cortina do palco cai. Terminou a primeira cena.
O DOCUMENTO DE FUNDAÇÃO NOS ORIENTA...Parte 2.
Volvamos nosso olhar a outra cena. Tal como na primeira, o personagem principal é Deus.
A história universal é o juízo final. O Todo Poderoso e Todo Santo silenciou longo tempo ante o pecado dos povos e regentes. Agora, porém, a medida de sua paciência está cheia. Entre os povos em luta alguns são martelo, outros bigorna. Ou golpeamos ou seremos golpeados — o Mestre, porém, que forja os povos na oficina da Europa, é Deus, o Legislador e Vingador da ordem mundial. Sem pecado não haveria guerra. E uma lei geral que se comprova em particular no atual assassínio entre os povos. Qualis effectus, talis causa. Como o efeito, assim a causa. Do efeito podemos deduzir legitimamente a causa que o produz. É esta a ideia fundamental das meditações do retiro sobre a maldade e negatividade do pecado. Se o pecado nos fosse apresentado de forma abstrata, como ofensa infinita do Deus infinito, nossa natureza sensível não o compreenderia devidamente. Para facilitar essa compreensão é-nos dada uma descrição da indizível miséria que a guerra traz às nações e escutamos: “Vede como o pecado é um mal desprezível, se traz consigo consequências tão terríveis”.
E justamente assim que o bom Deus hoje procede para conosco, de forma singularmente eficaz.
Com certeza não somos ingênuos a ponto de considerar o que vemos aqui em casa como a verdadeira miséria da guerra. Aqui só estão convalescentes. Para uma visão mais profunda deveríamos ir mais perto da fronteira ou aos campos de batalha, deveríamos visitar as famílias e contemplar o mais profundo da alma do povo.
Oh, se eu pudesse descrever-lhes quanto nossas mulheres e mães sofrem com a separação, como sofrem e se desesperam ao receber a notícia de um ferimento grave. Uma mãe visita seu filho ferido. O jovem chora! A mãe consola-o: Devias estar contente por não teres sido mais atingido. Ela só vê uma pequena ferida no seu rosto. 0 jovem chora mais e retira as cobertas: perdeu as duas pernas. — A mãe perdeu a razão. — Pudesse eu conduzir até aqui as torrentes de sangue que adubam os campos de batalha e o mar de lágrimas choradas; pudesse eu amontoar aqui todos os heróis assassinados na flor dos anos, os ossos quebrados pelas balas, os corpos e membros decepados — mas não, não posso pintar o quadro. Vossa fantasia ainda tem o frescor e vivacidade juvenil. Dai-lhe liberdade. Reuni quanto de terrível conseguis imaginar e escrevei, como título: assim é o pecado.
Sim, meus queridos congregados! Assim é também o meu pecado, que perpassa como um fio vermelho a minha vida. Tantillus puer — tantus peccator ! Assim são os pecados dos meus pais e dos meus antepassados! Senhor meu Deus, lamento ter pecado! Nunca, nunca mais o farei!
Assim é o pecado ao qual, como sacerdotes, declaramos guerra total e cuja destruição e expiação constitui a tarefa de nossa vida. Meu Deus, eu te agradeço esta maravilhosa vocação!
Quero empenhar todas as minhas forças para me tornar um instrumento digno nas tuas mãos.
Vamos deter-nos aqui um momento e escutar o que a voz de Deus exige de nós. Hodie sic vocem ejus audieritis nolite obdurare .
Loquere, Domine, loquere quia audit servus tuus . Senhor, ensina-me a reconhecer-te, disse um grande homem, e tornou-se santo. Senhor, ensina-me, ensina-me a reconhecer-me! Esse mesmo reconhecimento fecundará maravilhosamente também a nossa aspiração à santidade.
O DOCUMENTO DE FUNDAÇÃO NOS ORIENTA...Parte 3 - final 2.
Mas ainda estamos longe de esgotar as vantagens que a guerra nos traz, segundo o plano da Providência Divina.
Em nós vive um impulso, um instinto que nestes momentos busca imperiosamente satisfação: queremos contribuir de alguma forma para o bem de nossa Pátria desvalida.
Escutamos com entusiasmo as notícias da guerra. Invejamos os que vão para o campo de batalha e derramam seu sangue pelo solo pátrio. Está certo: o amor á pátria é uma grande virtude e a morte pela pátria é a mais gloriosa e meritória após o martírio.
Arde chama sagrada!
Arde pela pátria, sem nunca te apagares!
Mas quanto mais ardente nosso patriotismo, maior nosso desejo de intervir vigorosamente na configuração dos acontecimentos!
Não somos infantis nem ingênuos a ponto de nos contentarmos com brados de aclamação e frases entusiásticas, com sonhos e castelos nas nuvens. No entanto, não posso deixar de reconhecer que a vida comunitária encerra perigos neste sentido. Dizei-o vós mesmos: as vossas convicções, o vosso comportamento não se tornou mais sóbrio, mais sério, mais viril durante as férias? Onde ficou agora essa virilidade? Ou será, por ventura, sinal de virilidade e de conhecimento do tempo e do mundo atual servir-se da guerra como pretexto para livrar-se dos deveres quotidianos, induzindo outros a fazê-lo também, com o tranquilizante argumento: Estamos em guerra! Mas é impossível poder servir a pátria — como na verdade queremos. Esse comportamento corresponde muito menos ainda a um congregado, que deve agir sempre segundo os princípios da razão iluminada pela fé. Também não é tentando dar aos nossos jogos e exercícios físicos uma aparência guerreira que serviremos muito melhor a justa causa. Não que isso fosse condenável! De nenhum modo. Pelo contrário! Eu me alegro sempre que escuto no meu quarto o ranger das barras de ginástica. Só tenho pena de não poder participar. Pretendo apenas dizer o seguinte: é imensamente mesquinho pensar que segundo os planos da Providência divina a tremenda guerra só tenha este objetivo para nós.
Não faço de vós um juízo tão baixo. Pelo contrário, tenho a firme convicção de que cada um de nós também pode lutar, vencer e influenciar o alto conselho militar, contribuindo assim para configurar a história universal. Não somos números supérfluos, condenados a uma cômoda inação; somos fatores essenciais dos quais depende muito. A arma, a espada com a qual contribuímos para conduzir a pátria à vitória consiste em séria expiação, em autodomínio, em posse de si: em autosantificação.
Se nos dedicarmos intensamente a ela, conduzimos ao campo de batalha um novo esquadrão cujas reservas formam as legiões do céu.
Além de imprimirmos nas nossas bandeiras a marca da vitória também garantimos um bom aproveitamento da vitória, o que é igualmente importante.
É fácil provar esta dupla tese.
Deus é o comandante supremo da batalha. Ele tem nas mãos vitória ou perdição. Tudo depende de alcançarmos a benevolência do rex regnum, do dominus dominatium .
E o melhor meio para o conseguirmos não é a qualidade, a excelência, a superioridade dos nossos canhões — embora também necessárias — nem o maior número de soldados; para o Senhor, diz a Sagrada Escritura, não é difícil conseguir a salvação com muitos ou com poucos (cf. 1 Sm 14,6). Se assim não fosse, estaríamos desvalidos diante da Rússia. 0 profeta Samuel indica-nos o melhor meio ao conclamar o povo aflito por causa da guerra: Se é de todo o vosso coração que voltais a laweh, tirai do meio de vós os deuses estrangeiros e as astartes, fixai o vosso coração em laweh, e a ninguém mais sirvais a não ser a ele; então ele vos livrará das mãos dos filisteus"(1 Sm 7,3).
Tudo o que em nós e de nós não pertence a Deus, todas as tendências e paixões antidivinas, orgulho, sensualidade, ganância, mania de criticar... Tudo isto são deuses estrangeiros.
E para quem deseja uma prova mais precisa: Sodoma e Gomorra. — Chama sagrada, arde, arde e — Utilizemos a espada. Como verdadeiros cavaleiros, golpeemo-nos a nós mesmos, sem medo nem receio, até saírem faíscas.
Estamos em guerra — quando surgirem dificuldades - Tudo isto é um trabalho silencioso que jornais não celebram, embora seja em nosso proveito. É certo. E é verdade que não temos chance de ganhar a cruz de ferro. O que digo, porém! A cruz ser-nos-a sem dúvida confiada! (...)
Quem conhece os novos problemas que emergem: os pagãos lutam conosco!
Qualquer que seja a configuração do futuro: precisamos implantar a cruz na nova situação. (Sob a Proteção de Maria,texto integral, p. 356-69)
Estamos nos preparando para Pentecostes, pedindo a Jesus que nos envie o Espírito Santo com seus dons, dos quais tanto necessitamos para compreender as situações em meio às quais vivemos, para sermos capazes de superá-las e de realizarmos a nossa missão em todos os âmbitos da nossa vida. Por isso, partilhamos com vocês algumas passagens do nosso Pai, retiradas de uma palestra aos casais em Milwaukee. A palestra é belíssima e "importantíssima" para a nossa vida e sobretudo neste momento. Recomendamos, pois, que a leiam na íntegra.
"Quero dizer-lhes mais precisamente qual é o efeito do dom da piedade em nossas vidas. Devem distinguir entre a virtude e dom da piedade. Pela virtude da piedade entende-se a capacidade de servir a Deus. O dom da piedade traz-nos, antes de tudo, a capacidade de captar o Pai, como por instinto, em tudo o que existe no céu e na terra...
... vou continuar a repetir-lhes que precisamos aprender a ver Deus Pai por trás de tudo! É disso que todos precisamos hoje. Podemos ser boas pessoas, ter uma boa conduta, mas não vemos o bom Deus por trás de tudo. É como se ele não existisse para nós. Foi passear!
Perguntemos de novo: quem precisa conceder-nos esta disposição para nos voltarmos para o Pai, a capacidade de descobrir o Pai em todas as situações, por traz de toda cruz e sofrimento, de toda alegria? É a Mãe de Deus, comunicando-nos o Espírito Santo com o dom da piedade.
Permitam que repita a pergunta: Que nos dá o dom da piedade? Antes de tudo, a capacidade de descobrir rápida e instintivamente Deus Pai em todas as coisas; e, em segundo lugar, a capacidade de dizer, em todas as situações, generosamente, heroicamente até, “sim, Pai”. Mesmo que todos desmoronem, o dom da piedade dá-me força de ficar de pé junto da cruz e dizer: Sim, Pai! Sim, Pai!" (Os Filhos do Pai e os Dons do Espírito Santo, no livro Às Segundas-feiras ao Anoitecer, nº. 3, p. 120-30)