04 de agosto de 2015

A TRANSFIGURAÇÃO E O BRASIL TABOR!!

A TRANSFIGURAÇÃO E O BRASIL TABOR!!
A TRANSFIGURAÇÃO E O BRASIL TABOR!!

Momento sublime, no qual os representantes da Lei e dos Profetas conversam com  o Verbo Encarnado, ante os olhos maravilhados dos três apóstolos escolhidos. Será possível dimensionar a intensidade dos sentimentos vividos por Pedro, Tiago e João, quando se vêem na presença do Cristo transfigurado, de Moisés e de Elias no Monte Tabor? 

Êxtase sem tamanho só pôde ser interrompido pela voz do próprio Pai Eterno, envolta pelo Espírito Santo em forma de nuvem, quando anuncia o amor pelo Filho e a importância de sua mensagem. Seguem-no outro turbilhão de pensamentos e emoções....

Das mensagens que colhemos da transfiguração, Schoenstatt é portador de muitas. Se pretendêssemos eleger as mais convenientes ao momento atual, boa candidata seria a mensagem do equilíbrio. Equilíbrio que nosso Pai e Fundador enfatizava às famílias, como virtude a ser cultivada em casa e nos apostolados. Equilíbrio que, dentre tantas finalidades, serve para evitarmos dois extremos tentadores que despontavam intensamente aos apóstolos do Tabor: de um lado, o desejo de nos acomodar terrenamente com as glórias que Deus nos manifesta; de outro, o pavor (ou então o desânimo) diante do peso da cruz que a missão nos aponta.

As tentações pelas quais passaram os apóstolos na transfiguração podem ser fonte de grande inspiração aos brasileiros. A antevisão do céu no Tabor encontra expressão nas riquezas do Brasil. Não à toa, cantamos e percebemos nosso país como “Gigante pela própria natureza”.

A exuberância de nosso país, no entanto, faz-nos ainda correr o risco de permanecer afundados no desanimador título de “país do futuro”. Seja por conta do fato de que ainda muitos encarnam em si, de uma forma negativa, o “Deitado eternamente em berço esplêndido”, como uma promessa de vida fácil, a custa de quanto petróleo for necessário. Seja talvez porque nossa cultura historicamente herdou tantos vícios que vem lá dos idos da colonização predatória extrativista, ou dos primórdios das trocas de favores, ou então do nepotismo das capitanias hereditárias...

Mas eis que o Senhor Transfigurado, em sua mensagem no Tabor, hoje nos aponta para termos equilíbrio. Equilíbrio entre a contemplação e a ação, entre o trabalho e o descanso, entre a sensualidade e a racionalidade, entre e a razão e a emoção, entre o que é público e o que é privado, entre o recolhimento e a coragem confiante. O Pai e Fundador, em sua percepção sobre nosso país, expressou toda essa plenitude de sentidos com o ideal Tabor.

Aqui a Mãe quer se manifestar, com toda sua glória, em cada santuário e em cada um de nós brasileiros. Ela exige, porém, o “nada sem nós”.

Saudável então é o sentimento que experimentamos em cada Santuário Tabor, quando, ao vivenciar as graças do “aqui é bom estar”, ganhamos o ardor para nos transformar e assim partirmos com alegria e equilíbrio na missão de auxiliar outros a percorrerem o mesmo caminho.

Mas é somente na passagem desse sentimento à prática diária que poderemos concretizar o que cantamos, como cidadãos, à nação, e também como povo de Deus, a nosso Pai: “Verás que um filho teu não foge à luta”.  

Gustavo e Luciana Loyola – UF – 15º CURSO - Região Paraná

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