1a. VISITA DO PAI FUNDADOR AO BRASIL

Estamos no mês que comemoramos os 69 anos da primeira visita de nosso Pai e Fundador ao Brasil (16/03 a 09/05/1947). Durante sua primeira estada em nosso pais ele visitou Porto Alegre, Santa Maria, Jaraguá do Sul, Londrina e Rio Negro. Vamos contar mais um pouco do que aconteceu no período que ele passou em Santa Maria. A primeira reflexão sobre essa visita vocês podem acessar aqui:http://www.uniaodefamilias.com.br/artigo/18/primeira-visita-do-pai-fundador-no-brasil.html

O Pai Fundador chegou ao Rio de Janeiro no dia 16/03/1947 e quem foi busca-lo foi a Ir. Norberta. Ela conta que estava na expectativa de saber se ele estaria saudável, até mesmo psicologicamente, depois de 12 anos sem vê-lo, sabendo que havia passado anos no Campo de Concentração de Dachau. Assim que recebeu a saudação cálida e paternal do Pai, percebeu que ele havia atravessado incólume os anos de Dachau!

No dia seguinte rumaram a Santa Maria/RS. Após ser calorosamente recepcionado pelas Irmãs, disse: “Que coisa grande e formosa! Língua estranha, rostos estranhos, nação estrangeira e, contudo, falamos o mesmo idioma, sendo um só coração e uma só alma.” Ele estava muito feliz em perceber que a semente de Schoenstatt havia brotado em solo fértil e que, através da Aliança de Amor, todos falavam a mesma linguagem do amor a Mãe Três Vezes Admirável.

No dia 19 de março, dia de seu onomástico, o Pai lhes falou sobre o refrão do Hino da Minha Terra (RC 600-605) de como nele está representado todo o mundo ideal de Schoenstatt:

" Sim, eu conheço esta terra maravilhosa,

      é o prado de sol no brilho do Tabor,

      onde Nossa Senhora Três Vezes Admirável

      impera no meio de seus filhos prediletos

      e retribui fielmente todos os seus dons de amor,

      revelando sua glória,

      sua infinda e rica fecundidade:

      é minha terra natal,

      minha terra de Schoenstatt "

"Neste refrão, está representado todo o mundo ideal de Schoenstatt. Talvez, surpreendam-se de que eu conheça de memória o ‘Hino da Minha Terra’. Todos os dias o rezo e penetro sempre mais nesse mundo ideal. É, na realidade, o mundo mais formoso.”

A partir desse dia, as Irmãs passaram a cantar diariamente este hino, com uma certa intuição: daqui deve surgir o ideal de nossa Província (Brasil). Era costume do Pe. Kentenich, cada manhã, dar às Irmãs pontos para uma meditação em comum e ele sempre escolhia um conteúdo do Hino da Minha Terra. Ele disse:

“Em nossas meditações queremos adentrar-nos mais profundamente no ‘Hino da Minha Terra’. Todos os pensamentos aí contidos devem ser contemplados, novamente, pelos nossos olhos. Queremos fundar um reino ideal, um reino paradisíaco e ser os portadores e arquitetos desse reino ideal. Procuremos ter uma clareza reflexiva acerca do Reino de Amor. Ontem nos perguntamos em que consiste, verdadeiramente, o amor. Poderíamos defini-lo como um estar espiritualmente no outro e junto ao outro. Aqui se radica toda a importância de uma pedagogia do amor (21.03.1947)”

Hoje, para nós famílias da União, o que significa esse Hino, tão importante para o nosso Pai Fundador? Será que já o conhecemos? Meditamos frequentemente sobre ele? Que propósito podemos escolher, ainda nesse tempo de Quaresma, para nos aprofundarmos nesse oração?

Flávia Ghelardi

Região São Paulo / XIII Curso