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“Os passos do Pai geram vida aonde ele vai!”

“Os passos do Pai geram vida aonde ele vai!” Conheço o Santuário, a Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt e o Pai e Fundador desde os meus seis anos de idade.

Em 1969 meus pais iniciaram no Movimento de Schoenstatt, na Liga das Famílias e, com muita sabedoria, carregaram consigo seus filhos Afonso, Maria Clara, Valéria e eu.

Neste dia 15 de setembro, dia em que celebramos 50 anos da partida de nosso Pai e Fundador para o Schoenstatt celeste, faz quatro meses que meu pai natural, Geraldo Dutra, foi estar também na companhia de Deus.

Não poderia começar este testemunho de minha experiência com o Pai e Fundador sem falar da minha primeira experiência de paternidade, sem falar do meu paizinho!

Meu pai representa para mim tudo o se pode esperar de um pai. Porto seguro, acolhimento, orientação, limite, autoridade moral, liberdade, respeito e amor, muito amor.

Meu pai me fazia sentir sob o olhar e cuidado de Deus porque eu sabia que, por sua vida orante, a cada momento, ele me apresentava a Deus, junto com meus irmãos e minha mãe. Sua sabedoria proporcionou à nossa família a experiência do Santuário-Lar. Maria passou a fazer parte da nossa vida, de todas as experiências de nossa família de modo muito concreto, pois suplicávamos que Ela atuasse como atuou em “Caná”! Éramos seis como as seis talhas de água que Jesus transformou em vinho.

Assim cresci e trago em minha memória afetiva a presença da Mãe em minha casa tendo nos braços este Cristo que tudo providencia na medida exata do que precisamos. Cresci ouvindo os ensinamentos de nosso Pai e Fundador que, com o tempo, passou a ocupar também o papel de educador em minha vida.

Nunca tive dificuldade em acolher os ensinamentos de nosso Pai e Fundador porque eles me foram dados por meu pai a quem sempre confiei e amei. Na confiança de que estava segura, segui conhecendo cada vez mais este novo pai. E a cada aprendizado, a cada nova mensagem me certificava desta escolha.

Ensinar e formar é a minha maior vocação por missão e profissão. Tenho certeza que sou fruto da influência dos meus dois pais! Estudei outros pedagogos e inúmeras propostas de metodologias e filosofias de educação, mas nunca encontrei nada que já não tivesse aprendido com eles.

Ainda jovem vivenciei que “os passos do pai geram vida aonde ele vai”. E hoje posso contemplar muitos frutos, muita vida!!

Um destes frutos é a comunidade que escolhi me consagrar junto com meu amado esposo Gines, a União de Famílias. Nela me encontro todo dia com o Pai e a todo momento com a Mãe.

Ser União me exige muito e justamente por isso me aproxima de Deus, me faz entender o verdadeiro sentido da oferta de Cristo.

Esta comunidade tornou-se minha cruz e minha alegria. Ser da União não tem outro significado que não seja dizer “A União sou eu”.

Vivi e sei que viverei muitas provas por ter abraçado esta vocação, mas o Pai me dá todas as respostas que procuro. Me educa, me faz avançar, me faz recuar. Não tenho medo de confiar no que me diz. Confio sempre.

Sei que é o meu pai e quer o melhor para mim através de seus ensinamentos da mesma forma que meu paizinho o fez.

Meu paizinho e meu Pai, o sacerdote José Kentenich me conduzem e me permitem crescer na confiança filial e vitoriosa em Deus!

Esta é a herança que escolhi pra mim! A confiança! Eu confio que sou uma filha amada de Deus através de meus pais e tenho certeza que no céu continuam me educando e olhando por mim.

Bernardete Ponce – III Curso Londrina/Paraná
Um Encontro que me transformou

Nossa história em Schoenstatt precisa ser contada desde o início. Era o ano 2000, quando fomos convidados (em abril) para atuar em uma vivência, onde aconteceria a celebração dos 50 anos da Campanha da Mãe Peregrina. Recebíamos em casa a sua imagem, mas, não tínhamos nenhum conhecimento além disso.

Nessa vivência teatral, fui convidado para representar João Luiz Pozzobon e me perguntei: quem é esse homem? Então, os coordenadores da Campanha, em Jundiaí, com muita boa vontade, me deram o livro (140.000 km a caminho com a Virgem) e tiveram muita paciência em me ajudar. Li o livro e fomos conhecer o Santuário de Atibaia, porque, imagina participar dessa festa sem conhecer o Santuário da Mãe Rainha?

A referida vivência aconteceu (em Outubro) no final da Missa de Coroação, realizada no Ginásio de Esportes de Jundiaí, diante de 8.000 pessoas e também diante do Bispo Dom Amauri Castanho (hoje já falecido), que a partir de então, quando me encontrava, me chamava de Pozzobon (eu dizia a ele que não era digno não). Na semana seguinte a esta linda Festa, eu e Márcia fomos convidados pela Irmãs Magna e Celci, para sermos o casal Coordenador Diocesano da Campanha, na Diocese de Jundiaí, sem nunca termos sido nem sequer Zeladores (hoje são chamados de Missionários). Foram 8 anos à frente deste maravilhoso trabalho, a partir do qual, fomos convidados para a União de Famílias.

Essa foi a nossa experiência inicial com Schoenstatt, com João Pozzobon, mas, faltava ainda o Fundador.

Em 2003, em função de nossa atividade profissional, tivemos a oportunidade de expor, em uma Feira de Alimentos internacional, em Colônia, na Alemanha. Quando vimos a proximidade de Vallendar, onde fica Schoenstatt (cerca de 109 km), sentimos que era o momento de conhecer Schoenstatt. Tínhamos, então, muito pouco tempo de participação no Movimento, como falamos. Ficamos três dias lá e com muita neve, pois era janeiro, mas mesmo assim pudemos fazer um “curso intensivo” sobre o mistério de Schoenstatt, conduzidos pela Irmã que nos atendeu maravilhosamente bem.

Depois disso, por anos seguidos, sempre em janeiro, participamos da Feira e aproveitávamos para passar alguns dias em Schoenstatt, agora já com as nossas filhas Gabriela e Giovanna, que passaram a nos acompanhar.

Quando iniciamos nossa caminhada na União, no ano 2004, já tínhamos, portanto, algum conhecimento, tanto de Schoenstatt, quanto de João Pozzobon e uma rica experiência com nosso Pai Fundador.

Como disse, até hoje, pudemos ir muitas vezes para Schoenstatt. Somente nos últimos três anos, fomos quatro vezes: duas por conta da emissão de nossa cidadania italiana e as outras duas por conta de um Encontro de famílias brasileiras, que moram na Alemanha e países vizinhos, famílias estas que são cuidadas pela Irmã Isabel e pelo Padre Antonio Bracht (tem sido uma experiência fascinante). Portanto, nossa experiência com o Fundador foi mais em Schoenstatt do que por meio dos livros (embora também temos lido inúmeros livros em nossa formação unionista). Tivemos assim muitos contatos com os locais sagrados e foram muitos momentos diante de seu túmulo, na Igreja da Adoração. É um dos locais, juntamente com o Santuário Original, onde passamos horas. O que vivenciamos é justamente no ponto em que ele é mais conhecido por todos: sua paternidade. Pudemos entender porque ele é chamado de Pai e Fundador. Poderia ser somente Fundador, que seria um título muito grande diante de sua Obra, mas ele tem ainda o privilégio de ser chamado de Pai.

Confesso que não foi fácil inicialmente pensar nele como Pai, principalmente quando se teve um pai santo aqui na terra, quando se teve um pai que nada deixou que faltasse aos seus sete filhos, em todos os sentidos e teve uma vida matrimonial feliz e harmoniosa. Dá a impressão que estava trocando de Pai.

Foram então muitos anos, sem entender a aplicação da palavra Pai em minha vida. Respeito e amor para com ele como Fundador e como Santo, não tem nem o que falar e eu tinha uma perfeita compreensão disso. Faltava, como disse, o pleno entendimento da Palavra PAI.

Passaram-se muitos anos, até que chegamos ao II Encontro Territorial da União de Famílias, em Santa Maria no ano 2013. A Região São Paulo ficou encarregada da Missa de encerramento e, dentro dela, deveria acontecer uma vivencia com nosso Pai e Fundador, com um personagem revestido como ele. E advinha quem foi o escolhido para representa-lo? Eu! Se já, nunca me pareci com João Pozzobon, imagine com o Padre Kentenich!? Nada a ver.

Mas, missão é missão! E pensei: o Pai quer me falar algo. Emprestei, de um Padre amigo, uma vestimenta muito parecida com a dele, arrumamos um chapéu muito parecido com o que ele usava, uma maleta muito igual também, uma barba branca e fomos lá. No final da Missa, entrei como o Padre Kentenich e, atrás de mim, um manto azul cobria toda a assembleia. Na medida em que andava no corredor central, o manto azul de Nossa Senhora cobria a todos, de ponta a ponta. Foi de arrepiar. Lá no altar, estava a Peregrina Nacional e, quando a levantei, nem precisei falar o que mais ecoou durante todo o nosso Encontro Territorial: Ecce Mater tua!

Depois dessa vivência, comecei a entender o sentido da palavra PAI na vida do Movimento e em minha vida pessoal. Ele quer nos gerar espiritualmente na força da Aliança de Amor e dizer como Cristo: “Ecce Mater tua” (Eis aí tua Mãe). Ele nos educa, ele nos orienta e não deseja, jamais, centrar-se em si mesmo, mas quer nos encaminhar aos cuidados dela. Ecce Mater tua! Ele deseja que a tenhamos como Mãe, ele faz como fez Cristo na cruz: nos entregar a Mãe: Ecce Mater tua!

Hoje, procuro viver essa filialidade no dia a dia, nas pequenas e grandes coisas. Ser schoenstattiano é viver a sua missão, é levar ao mundo a nossa cultura da aliança, impregnar todos os ambientes com sua pedagogia. É muito difícil, não tenho dúvida nenhuma! Pois, parece que a cada metro andado para frente, voltamos alguns passos para trás. Uma coisa é clara: temos um Pai espiritual muito presente. Um Pai que está disposto a nos educar, a cuidar de cada um de nós, de um modo muito particular, do mais íntimo de nosso ser. E sinto uma coisa no fundo de meu coração: só consigo entender e comungar com o seu pensamento, na medida em que caminho como seu filho, na trilha da sua santidade. Posso até entender tudo intelectualmente, mas ficará apenas na mente, na inteligência e não impregnará o meu coração. Por isso, a cada dia, penso nos detalhes de sua vida e como ele agiria nas várias circunstancias que me afligem: tudo fica mais claro.

Nesses dias, diante de uma dificuldade, recorri a ele, pensando exatamente no que fazer e como fazer. Daí me veio a imagem dele falando para a Irmã Petra: “Vá ao Santuário, pergunte para a Mãe e veja o que ela deseja. ” Ela foi, mas voltou rápido. Ele, então, pergunta: O que a Mãe disse? A Irmã respondeu: “Ela não disse nada. ” O Pai: “Então, volta lá e fica até a Mãe dizer o que deseja. ” A Irmã, contrariada, voltou e ficou um bom tempo. Quando voltou ao Padre Kentenich, ele fez a mesma pergunta e a Irmã respondeu: “Sim, a Mãe falou comigo e sei exatamente o que fazer.

” Fiz exatamente o que ele recomendou e fui, então, até o nosso Santuário do trabalho e tive clareza do que fazer. “Ecce Mater tua”.

Esta é uma pratica que devemos constantemente exercitar. Aliás pode acontecer grandes experiências com ele ou sermos repletos de pequenos acontecimentos no dia a dia. Talvez seja esta a melhor experiência: tê-lo por perto a todo momento. Outra coisa é construirmos uma relação com ele, como Pai, Fundador e Santo, não na dinâmica que pedimos, pedimos, pedimos, mas sim criar uma relação de duas vias: o que posso ofertar a ele? Como posso ser filho? Como posso ser portador de sua herança? É o que sempre me vem à mente, o que sinto no coração.

Admiro profundamente aqueles que o tem como Pai, sem o conhecer pessoalmente, sem conhecer seus lugares sagrados. Como diz uma música dedicada a ele: “alguns viram, outros não, não importa. Somos Tabor de uma mesma família”.

Obrigado Padre José Kentenich, por ser mais do que o nosso Fundador. Obrigado por ser nosso Pai.

Quero, como disse um dia o Sr João Pozzobon: “ser um aluninho seu”. Ou melhor dizendo: quero mesmo é ser filho seu! Cuida de mim e me conduza a Mãe de Deus, sempre! Quero ser filho dessa Mãe, a Mãe do próprio Deus!

Romulo Romanato – XIII Curso/ SP.

ROMULO ROMANATO JUNDIAI/SP
Tudo iniciou assim....

Peregrinação familiar aos lugares santos do exílio do Pe. José Kentenich - presente de Deus no Ano do Pai

Tudo iniciou assim.... como quis a Divina Providência

Em 2017 a Família Silva, do 15º Curso da União de Famílias (Curitiba) que está residindo nos Estados Unidos, fez uma visita a Milwaukee e publicou nas redes sociais a alegria por esta experiência. O contato com este relato e as fotos desta visita nos deixaram motivados a um dia realizar também está viagem às terras do tempo do exílio do Pai e Fundador.

Em 15 de setembro de 2017 iniciamos o ANO PADRE JOSÉ KENTENICH, jubileu de 50 anos da partida do Pai e Fundador para a morada eterna, momento importante para a Família de Schoenstatt em que particularmente como membros desta Obra fomos movidos a aprofundar nossa vinculação ao Pai. Com esta motivação, nossa filha Suzana começou então a instigar a possibilidade de fazermos a viagem para os Estados Unidos em família, para que pudéssemos conhecer Milwaukee neste Ano do Pai. Além dela que é médica e faz residência, temos mais 2 filhos universitários, Vitor e Viviane, todos schoenstatianos, participantes de JUFEM e JUMAS. Para tanto, precisávamos organizar nossa vida nos campos do trabalho, estudos, financeiro, familiar e.…espiritual! E Deus Pai foi cuidando de tudo, desde o período possível na agenda de todos da nossa família, passando pela busca de promoções nas passagens aéreas e também da estadia em Milwaukee.

Com a indicação da Janaina (Família Silva) em maio entramos em contato por e-mail com a Irmã Marguerita a fim de solicitar uma visita guiada por parte das irmãs de Maria do Centro Internacional de Schoenstatt, em Waukesha, cidade vizinha de Milwaukee. Era muito interessante como nas mensagens a Irmã se despedia desejando bênçãos dos nossos lugares santos. Esta forma de se referir a Milwaukee nos deixou curiosos para entender porque terras santas? No decorrer da troca de mensagens, ao longo de 2 meses, passamos por momentos de dúvida e ansiedade no sentido de saber se conseguiríamos esta visita já tão almejada por todos nós. Percebemos que a Irmã Marguerita se esforçava em encaixar nossa solicitação na agenda já bastante comprometida com grupos do Movimento de Schoenstatt (havia um retiro programado para famílias do Chile) e também porque no período possível para nós, aconteceria um Retiro anual das irmãs de Maria, fato que diminuía a possibilidade de ter uma Irmã liberada para nos acompanhar. Fomos insistentes (nos pedidos e nas orações) e as Irmãs se esforçaram muito e conseguiram nos atender! E no dia 12 de agosto, domingo Dia dos Pais e aniversário da Suzana, lá estávamos! Grande presente para ela e todos nós!!!

A parte turística da viagem seria em Nova York e Chicago, mas o que nos movia interiormente era a Peregrinação Familiar a Milwaukee. Para tanto, começamos a nos preparar espiritualmente, realizando Hora de Schoenstatt Familiar, uma vez na semana, quando um de nós cinco preparava um tema sobre o tempo do exílio do Pai e Fundador. Assim conhecemos e aprofundamos detalhes da sua pessoa neste tempo e também nos preparamos no sentido de como cada um gostaria de se dirigir ao Pai e Fundador. Como Capital de Graças fizemos a conquista do símbolo do Olho do Pai do nosso Santuário Lar (Nova família do Pai), rezando uma linda oração elaborada pelo 19º Curso da União de Famílias, na qual o dizer “o Pai me vê, o Pai me ama e o Pai precisa de mim! Sim Pai” fortaleceu nossa confiança em Deus Pai e na pessoa do Pai e Fundador, como seu reflexo de Pai amoroso para com seus filhos prediletos. E com este espírito filial nos preparamos para muitas coisas que iríamos ver, ouvir e vivenciar.

Primeira parada – Santuário da MTA em Staten Island, NY.

Visitar este Santuário repercutiu em muitas emoções. Primeiro precisamos atravessar o rio que circunda a ilha de Manhattan em uma enorme balsa (gratuita). No trajeto que leva 30 minutos fomos nos distanciando dos grandes prédios e nos aproximamos do símbolo maior dos Estados Unidos, a estátua da Liberdade! Muitas fotos foram tiradas para garantir o registro deste momento e passamos a entender o espirito de patriotismo do povo americano, que ama ardorosamente sua pátria e a reverencia em todos os espaços com a bandeira nacional. Mas estávamos em busca de algo mais... o ideal da Liberdade interior que nosso Pai tanto enfatizou nos seus ensinamentos na busca em forjar o Homem Novo! E esse caminho de vida passa pela Escola de Maria, o Santuário, que nesta localidade traz algo bastante peculiar...o Santuário filial, exatamente como os nossos, está dentro de uma típica residência americana!!! Lá fomos acolhidos pela Irmã Vanessa e depois que fizemos nossas orações, a senhora Teresa, do Ramo das Mães, nos mostrou o interior da casa e nos contou um pouco sobre a vida do Movimento. Um espaço da casa muito especial é a sala que lembra o local de morte do Pai e Fundador e que também tem objetos que recordam sua última passagem por lá, quando voltou finalmente para Schoenstatt, após os 14 anos de Exílio. Deixamos no caderno de visitantes o registro de nossa passagem por lá (encontramos a assinatura de outras famílias da União) e a Irmã Georgina com muita gentileza nos deu uma carona até a balsa para voltarmos a Manhattan.

Chegada ao destino sonhado

Depois de alguns dias em Nova York, seguimos para Waukesha onde nos hospedamos em um hotel, pois não havia lugar no Centro Mariano. A Irmã que nos acompanhou nos lugares santos de Milwaukee foi a Irmã Teresa, que com muita paciência e disponibilidade ficou junto à nossa família por dois dias inteiros. Ela é argentina por parte de pai e americana por parte da mãe. Tem uma bela história em Schoenstatt e mesmo com sua família morando na Argentina se decidiu pela vocação religiosa junto à Comunidade das irmãs de Maria nos Estados Unidos, onde está há mais de 25 anos. Trabalha na casa de retiros recebendo os visitantes, sendo que também morou por dois anos na casa do movimento em Milwaukee.

Waukesha é uma pequena cidade, no meio do caminho entre Madison e Milwaukee. O Centro Mariano está localizado em um sítio que foi escolhido pelo Pai e Fundador que anteviu a necessidade de um grande local para receber schoenstatianos do mundo todo. Este Centro Internacional de Schoenstatt tem a casa provincial das Irmãs de Maria, uma grande casa de retiros, a casa Padre Kentenich (museu) e o Santuário.

O ponto de encontro e início da peregrinação havia sido acertado numa das mensagens por e-mail com Irmã Teresa, que nos sugeriu que participássemos da missa dominical às 7 horas da manhã. Conseguimos chegar até o Centro Mariano no horário combinado, mas nos atrasamos alguns minutos para a missa, pois não sabíamos que seria na Casa Provincial das Irmãs de Maria. Já na bela capela desta casa participamos da missa que foi celebrada por um padre de Schoenstatt da África, que num inglês bem articulado nos envolveu na celebração. Também tivemos a oportunidade de ver muitas irmãs que estavam naqueles dias em retiro. Ao final da celebração, a irmã Teresa veio até nós e após nos apresentarmos, ela nos informou que deveríamos tomar café e na sequência nos encontraríamos com a Irmã Petra!

Antes de nos dirigirmos para a casa de retiros fomos ao Santuário que foi inaugurado em 1964 e recebeu o título de Santuário Nacional, sendo que o Pai pôde estar neste local por algumas vezes.

O primeiro encontro com Irmã Petra foi maravilhoso. Estávamos apenas nossa família e ela numa sala de visitas e pudemos desfrutar de um período de 3 horas no qual ela com grande alegria nos contou muitos ensinamentos do Pai. Nos marcou... 

A fidelidade no pequeno – Pe. Kentenich celebrava uma missa no Santuário de Milwaukee todos os dias às 6 horas da manhã e uma vez foi perguntado por uma senhora se poderia iniciar a missa mais cedo, pois ela tinha que deixar a missa a tempo de ir para o trabalho e nunca conseguia comungar. Então ele se propôs a lhe conceder a eucaristia antes da missa, porque os schoenstatianos de todo o mundo sabiam que ele iniciava a celebração às 6 horas e o acompanhavam espiritualmente e ele não poderia deixar de ser fiel à sua família mesmo nas pequenas coisas. 

As palavras proféticas do Pai – Perguntamos como era o dia a dia de trabalho do Fundador e Ir. Petra nos contou que o mais impressionante é que ele ditava os textos para ela datilografar durante horas sem que fosse necessário se fazer qualquer tipo de correção. Um dia ela questionou o Pai, como ele conseguia ditar tudo de maneira correta e ele lhe disse que todas as ideias e palavras nasciam em seu coração e deviam ser anunciadas e assim ele simplesmente as ditava.

Após este tempo de muito aprendizado com Ir. Petra, ficamos felizes em saber que poderíamos nos encontrar com ela no dia seguinte para gravar um depoimento para a JUFEM, como foi pedido por nossas filhas.

Almoçamos na Casa de Retiros e depois partimos para Madison. No caminho Irmã Teresa foi nos contando sobre a história do Santuário. Devido ao contato com o Pai Fundador antes do exílio, os padres palotinos que possuíam um seminário em Madison, ajudados pelos seminaristas, resolveram em 1952 construir com as próprias mãos um Santuário filial dentro do terreno do seminário. Posteriormente as Irmãs de Maria que já atuavam em Madison, adquiriram para sua moradia, um terreno do outro lado da rua. Anos mais tarde, passando por dificuldades financeiras, os palotinos resolveram vender o seminário, que foi oferecido para as Irmãs, que não tinham condições de arcar com o valor. Na eminência de ter o Santuário desmanchado, surgiu a ideia de transferir a construção para o terreno das irmãs. E assim foi feito, numa magnífica obra de engenharia, o prédio do Santuário foi colocado em cima de um caminhão e levado para o outro lado da rua e depositado aonde hoje ele se encontra.

No final do primeiro dia retornamos para Waukesha para o jantar e conhecemos a parte nova da casa de retiros, construção grandiosa que serve para encontros da Família de Schoenstatt.

Segundo dia – a caminho do Santuário do Exílio

Nosso 2º dia de peregrinação começou novamente com a Ir. Petra que nos recebeu sempre muito solicita e na sala de visitas fizemos a gravação de um vídeo para a JUFEM e outro para a União de Famílias falando de Hoerde. Ela ainda se colocou à disposição para mais algumas perguntas. Vitor perguntou sobre a presença de Mário Hiriart em Milwaukee e ela contou sobre a impressão forte que teve com sua pessoa pelas características: distinta, compenetrada quando o viu no Santuário. Disse que o Pai percebendo que Mario estava doente, recomendou que fosse ao médico, sendo hospitalizado. Neste tempo o Pai o visitou duas vezes no hospital e em poucos dias ele veio a falecer. Antes, porém, ao saber da construção do Santuário Nacional em Waukesha, Mario Hiriart entregou sua vida para o fundamento deste Santuário.

Em seguida rumamos para Milwaukee. Conhecemos primeiro o Cemitério-parque, onde o Pai fazia sua caminhada diária para orações e meditações e também onde frequentemente era interrompido por alguém que o procurava para conversar e fazer direções espirituais. Depois fomos para a Casa do Movimento e conhecemos a sala onde ele reunia as famílias nas Segundas-feiras ao anoitecer, a sala de jantar onde foram celebrados aniversários, natais etc. São muitas as fotos do Pai Fundador nesta casa, mostrando sua vivência como alguém que pertenceu a uma grande família. A gente tem a sensação de que ele pode aparecer ali a qualquer momento. Ficamos sabendo da história que o Santuário foi perseguido durante um tempo e fizeram retirar o altar e imagens de dentro do Santuário. Neste período o altar foi levado pelas irmãs para uma sala onde hoje fica a capela da Casa do Movimento. Nesta casa existem também muitos paramentos, objetos e utensílios usados pelo Pai. No porão funciona a sala de reunião e refeitório do Movimento e no sótão é a residência das Irmãs. Esta Casa foi escolhida pelo Pai que sentiu a necessidade de ter um local para se reunir com as famílias e fica a uma quadra do Santuário.

Seguimos para o Santuário do Exílio que está localizado em um terreno (do tamanho de meio quarteirão) pertencente aos Palotinos, onde existe uma residência dos padres, um prédio em que funciona uma escola, uma igreja e nos fundos um grande jardim que dá acesso à outra rua. Como na maioria das cidades americanas, não existem muros e portões em volta desta área. Há alguns anos os Palotinos deixaram o Santuário aos cuidados das Irmãs de Maria. Este foi o local para aonde Pe. Kentenich foi enviado pelo Santo Ofício, a fim de que ficasse afastado do Movimento de Schoenstatt, como forma de se averiguar se o Movimento era obra divina ou de um homem. Nossa grande pergunta era então, porque havia um Santuário filial neste local? O Pai Fundador chegou a Milwaukee em 1952 e foi morar na residência dos Palotinos. Foi lhe cedida uma pequena sala para trabalho no 1º andar da residência, com uma janela virada para o jardim dos fundos. Em 1954 a Igreja celebrou um ano santo mariano e então o Arcebispo de Milwaukee, que era grande devoto de Nossa Senhora, pensou em realizar algo que marcasse este ano, lançando a ideia de se construir um Santuário igual ao de Madison. Os Palotinos então ofereceram o jardim dos fundos do terreno para local do Santuário. De uma hora para outra o Pai Fundador passou a ver da janela de seu escritório a construção de um Santuário e aonde depois, a poucos passos de sua morada, passou a celebrar a missa diariamente. Neste Santuário ele celebrou mais de 3000 missas ao longo de 10 anos. Como ele dizia “A Mãe nunca me abandonou, por isso veio atrás de mim”. Tivemos então a graça de renovar nossa Aliança de Amor em família e entregar nosso Capital de Graças do Olho do Pai, neste local santo e abençoado.

No horário do almoço nos dirigimos para um parque público que beira o Lago Michigan, onde Irmã Teresa nos serviu um piquenique. Depois fomos até às margens deste imenso lago, no mesmo local que o Pai Fundador costumava ir com os padres e seminaristas e faziam a competição de arremessar pedrinhas para ricochetear na superfície do lago. Retornamos ao Santuário do Exílio e tivemos a graça de poder participar de uma Santa Missa junto com o grupo de famílias chilenas que estavam participando do retiro. Terminamos nosso dia jantando no Centro Mariano em Waukesha, mas antes de nos despedirmos fomos levados para conhecer a Casa Padre Kentenich. Esta casa é a única construção que existia no sítio quando ele foi adquirido. Ela foi restaurada e transformada em um museu, com objetos que foram do Pe. Kentenich, com um curioso painel que mostra uma linha do tempo, com os fatos da vida do Pai Fundador, do Movimento, da história da Igreja, dos Estados Unidos e do mundo durante o tempo que Pe. Kentenich viveu em Milwaukee. O mais impressionante é que no porão da casa, as Irmãs de Maria reproduziram a capela na qual de 1958 a 1964 o Pai Fundador celebrou a missa dominical para uma comunidade de imigrantes alemães de Milwaukee. A mobília, bancos, ambão, confessionário e altar são os originais, conseguidos pelas Irmãs quando souberam que a capela ia passar por uma reforma.

Muitas são as histórias nas pegadas do Pai em terras americanas, nas palestras às famílias, nas celebrações eucarísticas no Santuário, na vida que foi despertada com a presença do Pai, que mesmo no exílio e com muitas contribuições ao Capital de Graças, se deixou conduzir pela MTA de maneira silenciosa para o desenvolvimento da pedagogia e espiritualidade de Schoenstatt. 

Foi uma benção estar em família nesta peregrinação, que nos enriqueceu e assim o amor ao Pai e Fundador cresceu em nossos corações...na alegria em sermos filhos de um pai, reflexo de Deus Pai, que nos acolhe, educa, orienta, apoia e envia, por Maria, a anunciar Cristo ao mundo!

Nos dois dias intensos que lá passamos, experimentamos aquilo que Irmã Marguerita nos falou quando enviamos mensagem agradecendo a acolhida que tivemos: “ É realmente impressionante, que possamos conhecer nossa história de Schoenstatt por muitos anos, mas ao vir a Milwaukee, encontramos algo novo, um tesouro.”

Família Guariente – Laercio, Maria Helena, Suzana, Vitor e Viviane

Familia Guariente Londrina/Paraná
TESTEMUNHO ORACY E SILVIA

Era final de 2009 quando eu e meu esposo Oracy conhecemos o Movimento de Schoenstatt por intermédio do Pe Marcelo do Instituto Secular dos Sacerdotes Diocesano de Schoenstatt. Logo após, fomos convidados a conhecermos a Liga de Famílias pela minha irmã Susana e meu cunhado Diácono Sérgio e selamos nossa Aliança de Amor em 12 de setembro de 2011, pela Liga de famílias, no 2º triênio em preparação ao Centenário (2010-2011). Muitas eram as novidades agradáveis que nos chegavam: Aliança de Amor, capital de graças, os santuários (original-filial-lar-paroquial-coração), 18 de outubro, a infância do Fundador, Gymmich, Dachau, exílio; mas, a coisa certa em tudo para mim era Maria, assim fui atraída, e aos poucos entendendo as informações dentro de seus contextos. No Movimento de Schoenstatt, o que mais me intrigava era como as pessoas se referiam ao Fundado como “Pai”! Com o tempo fui me habituando a isso. Eu mesma comecei a me referir a ele assim, mas não conseguia sentir essa paternidade. Era inicio de 2011 e a preparação para o centenário vinha de uma forma muito intensa pelos triênios. Certo dia, pedi a MTA que precisava sentir essa paternidade que tanto se ouvia falar. Em Abril de 2011, fomos no Encontro para Dirigentes da Liga de Famílias em Atibaia e tivemos a graça de escutar Ir. M. Petra Schnuerer e muito de sua convivência com o Pai Fundador no seu tempo de exilio; ao final de sua conversa com os presentes ela disse que faria um gesto sempre repetido pelo Pe Kentenich e assim presenteou a cada pessoa/casal que ali se encontrava, pediu que escolhesse uma das duas fotos que trouxera: uma foto era a do Pai com a mão levantada nos abençoando e a outra era as mãos do Pai em forma de “ninho”; escolhemos eu e meu esposo a segunda: as mãos do Pai em forma de “ninho”; que nos atraiu pela história que ela mesma vivenciou com o Pai, contado em seu Livro: Um Encontro com o Pe. Kentenich – Fui em busca de um Fundador e encontrei um Pai, p.155 a 158. Como família, fizemos a conquista espiritual e a entronizamos em nosso Santuário Lar. Estava passando por um período em que sempre me sentia triste, angustiada, perdia o sono com muita frequência e tudo isso sem motivo aparente, pois tenho uma família linda com saúde, um esposo muito compreensivo e as filhas que Deus nos presenteou que são uma joia rara; não sabia a razão daquele sentimento que me acompanhava. Certa madrugada levantei e fui ao Santuário-lar, como fazia sempre que perdia o sono e deitei no sofá e perdida nos pensamentos lembrei do relato da Ir. M. Petra, levantei rapidamente e repeti o mesmo gesto que a ela fez com o Pai. Como se estivesse com os meus sentimentos em minhas mãos, entreguei nas suas, falando em voz alta, pedi para que ele tirasse toda aquela angústia de meu coração, e a partir daquele gesto os sentimentos que me acompanharam muito tempo, sumiram! A partir daquele instante uma alegria atingiu meu ser e assim hoje sei que ele é o meu Pai e intercede por mim. E, sempre que passamos por algum fato importante em nossa família entregamos neste gesto ao Pai para cuidar da situação e ele sempre intercede por nós! No ano de 2012 fomos convidados a integrar o XXIII Curso da União de Famílias e agora estamos nos preparando para a nossa Consagração nessa Comunidade.

ORACY E SILVIA – XXIII CURSO/SP TAQUARITINGA/SP
TESTEMUNHO DAIANNA LIMA - XV CURSO

Conheci o Movimento Apostólico de Schoenstatt, desde muito pequena. Meus pais participaram da inauguração do Santuário Magnificat em Curitiba, quando eu tinha 3 anos. Minha mãe participou da Liga das Mães, eu e minha irmã iniciamos nas Apóstolas Luzentes de Maria, após participamos da Juventude Feminina, e eu então, da União de Famílias. Aos poucos naturalmente fui conhecendo a história de Schoenstatt, e de nosso Pai e Fundador. Tive um maior aprofundamento na história de vida do Padre Kentenich, quando eu e meu esposo nos tornamos formadores do XXVI curso da União de Famílias em Curitiba. Rever com maiores detalhes sua história de vida depois de muitos anos em Schoenstatt, me aproximou muito de nosso Fundador, mas minha experiência maior de tê-lo como meu Pai, aconteceu em novembro de 2015, quando tive a grande graça de estar com meu esposo em Schoenstatt, e receber um grande presente da Mãe de Deus, através das acolhedoras Irmãs de Maria: receber a chave da Capela da Adoração, para que pudéssemos ficar após o horário de fechamento da Capela da Adoração, e ficarmos a sós com nosso Pai e Fundador. Foi um momento incrível!!!! O sentimento de nosso Pai estar muito, muito próximo.....as lágrimas começaram a surgir, sem controle.....eu não conseguia parar de chorar.......foi algo Divino!!! Me senti uma filha muito amada!!! Isto aconteceu no primeiro dia em que chegamos em Schoensatt, e a partir de então, não tinha como deixar de ir até a Capela da Adoração e dar um “oi” para nosso Pai todos os dias. A partir deste dia, nosso Fundador se tornou um grande Pai para mim. Sua vida inspirou grandes decisões na minha vida, entre elas, a mudança de país de nossa família devido oportunidade no trabalho de meu esposo. A aproximação de como viver o “20 de janeiro” hoje, motivada por sua Atitude filial, sua Confiança Heroica, sua Fidelidade, sua Nobreza, me encorajaram a dar um “salto mortal da fé e da razão”, confiando que o “Pai tem o leme nas mãos, embora eu desconheça o destino e a rota”! E neste ano em que comemoramos os 50 anos de seu falecimento, selei a Aliança Filial com ele, juntamente com meus irmãos do XV curso da União de Famílias. Um momento único, que me impulsionou ainda mais a seguir seus ensinamentos, sua pedagogia, seu carisma, o seu “Dilexit Ecclesiam”. Desejo muito e rezo, para que todos os schoenstattianos possam experimentar a alegria e a graça de serem filhos espirituais de nosso Pai e Fundador, e seguir o seu carisma e fidelidade de instrumento nas mãos de nossa Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt. Unidos na Aliança de Amor e na missão, Meu fraterno abraço,

DAIANNA B.R.LIMA - XV CURSO Curitiba/Paraná